Bras�lia – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reafirmou, ontem, ao discursar na solenidade de abertura do ano legislativo, o compromisso do Congresso Nacional com a democracia. Como fez no discurso ap�s sua reelei��o para o comando da Casa, ele defendeu a pacifica��o nacional e a harmonia das institui��es, reforma tribut�ria e mais investimentos na educa��o.
O parlamentar classificou os atos golpistas de 8 de janeiro contra as sedes dos tr�s Poderes como “a mais covarde invas�o e mais ign�bil depreda��o” e como “data sombria”. “Conforta-nos, todavia, a certeza de que as institui��es brasileiras n�o se eximir�o de investigar e punir exemplarmente todos os criminosos envolvidos, direta ou indiretamente, naquela barbaridade”, declarou.
Pacheco tamb�m destacou seu comprometimento com o pacto democr�tico, com as institui��es, com o di�logo e com a coopera��o. Destacou que o Congresso seguir� exercendo seu papel de garantidor da democracia brasileira e prometeu proteger “nosso sistema democr�tico, nossas institui��es e nosso processo eleitoral”. De acordo com o parlamentar, o Legislativo vai trabalhar, de maneira independente e harm�nica, com o Executivo e o Judici�rio, a fim de lidar com as grandes quest�es nacionais.
O parlamentar prometeu o enfrentamento dos problemas da popula��o com an�lises profundas e planejamentos cuidadosos, sempre com a participa��o da sociedade. Para Pacheco, os chefes de Poderes devem dirigir a sociedade para o caminho do respeito �s diverg�ncias. Ele ainda disse que � preciso deixar para tr�s "tudo o que nos separa" e olhar para o futuro como uma "nova oportunidade".
Pacheco quer que o Congresso atue basicamente na melhoria da sa�de p�blica, do crescimento econ�mico e do desenvolvimento social. Sobre o SUS, ele lembrou a import�ncia do sistema nos momentos mais graves da pandemia do coronav�rus.
“Trabalhemos, pois, para proteger e fomentar a prosperidade da nossa popula��o, de toda nossa popula��o, mas com especial aten��o �s camadas mais sens�veis, como os povos origin�rios, os habitantes das zonas rurais, os carentes de um teto ou um peda�o de ch�o onde possam viver de forma �ntegra e respeitosa”, declarou.
O senador tamb�m disse que o Brasil almeja se destacar pelo desenvolvimento sustent�vel, aliando a responsabilidade fiscal � responsabilidade social. Segundo ele, o Parlamento vai trabalhar para que o Brasil volte a crescer e gerar empregos, “porque trabalho � tamb�m dignidade”. Acrescentou que o Congresso Nacional n�o medir� esfor�os “para avan�armos na agenda do desenvolvimento”. Ele admitiu que a pandemia comprometeu o desenvolvimento social do pa�s. Segundo o presidente, o problema precisa ser enfrentado com planejamento e medidas efetivas — entre as quais, a reforma tribut�ria, a fim de simplificar, agilizar e baratear as atividades da iniciativa privada.
Educa��o
Em seu discurso, Pacheco dedicou aten��o especial � “educa��o que forme cidad�os". Ele defendeu a educa��o como forma de evitar a intoler�ncia. O senador afirmou que, em toda a hist�ria da humanidade, nenhum pa�s tomado por conflitos internos foi capaz de crescer e se desenvolver no cen�rio internacional, muito menos de atender as demandas sociais e econ�micas de seu povo.
Lamentou o fato de muitas fam�lias estarem divididas por quest�es pol�ticas e refor�ou o alerta: “Um pa�s dividido n�o cresce”. Na opini�o de Pacheco, a “dissemina��o maliciosa de informa��es falsas n�o pode ser enfrentada sem a efetiva educa��o de nossa gente”. “A educa��o � fator essencial para a propaga��o do respeito e da toler�ncia, para o desenvolvimento do esp�rito de cidadania, solidariedade e uni�o”, destacou.
O presidente do Congresso ainda pediu a uni�o do pa�s, cobrou responsabilidade de todos os parlamentares e agradeceu a confian�a dos senadores que o reconduziram ao comando do Senado. “Tenho certeza de que, com a colabora��o de cada um dos senhores e senhoras, o Parlamento brasileiro manter� o ritmo de produ��o e a qualidade dos trabalhos legislativos na Legislatura que ora se inicia — concluiu.