
Richard Nunes � um dos genarais que, em grupos bolsonaristas em que eram organizados as tentativas de golpe em frente a quart�is, foram chamados de "melancias", uma alus�o � fruta que � "vermelha" por dentro e verde por fora, usada para definir "comunistas" n�o assumidos.
No texto, o general critica os militares que “t�m contribu�do para disseminar a desinforma��o, a relativiza��o de valores e, consequentemente, a desuni�o que enfraquece o esp�rito de corpo”.
“E o que o Mundo PSIC tem a ver com isso? Tudo! Pois � exatamente na dimens�o informacional que temos assistido a condutas em desacordo com a �tica militar por parte daqueles que, por indigna��o, ingenuidade, desconhecimento e, at� mesmo, m�-f�, t�m contribu�do para disseminar a desinforma��o, a relativiza��o de valores e, consequentemente, a desuni�o que enfraquece o esp�rito de corpo. Fica a pergunta: a que interesses servem tais pessoas?”, questionou.
Ao desmembrar sua teoria, o general explica que a “precipita��o” nesse caso, � marca t�pica desse ambiente “repleto de meias-verdades e fake news, onde se disparam e replicam mensagens sem a menor preocupa��o com a veracidade dos fatos e a idoneidade das fontes”.
“Toma-se como verdade, de modo absolutamente irrespons�vel, conte�dos com ju�zos de valor destinados ao ataque � reputa��o e � cr�tica a decis�es dos escal�es superiores. Iniciado o processo, que � realimentado por gatilhadas digitais, o que se produz � uma verdadeira marcha da insensatez. A um militar que se preza n�o se permite essa falta de cuidado e de lealdade para com a institui��o a que serve”, seguiu.
J� a “superficialidade” tem a ver com o comportamento �tico. “Em tempos de paz ou de conflito armado, lida-se com o poder dissuas�rio da Na��o. Solu��es simples para problemas complexos n�o s�o a regra. Tratar o emprego do Ex�rcito com base em an�lises simpl�rias de ‘especialistas’ de ocasi�o, � o caminho mais seguro para se chegar a concep��es inoportunas, parciais e ineficazes, o que � inadmiss�vel por quem quer que tenha um m�nimo de seriedade no processo de tomada de decis�o”, disse.
Para ele, quando um militar “extrapola a esfera de suas atribui��es, e passa a opinar publicamente sobre o que n�o � de sua compet�ncia, contribui para o descr�dito na cadeia de comando e no cumprimento da miss�o.”
No caso do “imediatismo”, a teoria se embasa com o car�ter permanente atribu�do �s for�as armadas no texto constitucional.
“A rela��o custo-benef�cio de se trocar ganhos imediatos por duradouros resultados positivos costuma caracterizar vit�ria de Pirro. Os preceitos da �tica militar indicam claramente que n�o se pode prejudicar a reputa��o e a credibilidade do Ex�rcito, conquistadas em s�culos de Hist�ria, por conta do oportunismo de uns e do jogo de interesses de outros, algo que tem sido observado em in�meras postagens veiculadas em tempos recentes.”
Ainda segundo o militar, a “conturba��o” talvez seja o aspecto mais danoso do Mundo PSIC.
“A excessiva polariza��o da sociedade e a atua��o dos extremos do espectro ideol�gico no ambiente informacional t�m gerado vis�es radicais, resultando num c�rculo vicioso de intoler�ncia e de absoluta aus�ncia de di�logo. Essa situa��o � inaceit�vel aos membros de uma institui��o apartid�ria, que se orgulha de oferecer oportunidades a todos os brasileiros, sem distin��o de classe social, ra�a, g�nero e credo.”
Para ele, o inconformismo com a tradicional postura legalista e de neutralidade do Ex�rcito tem dado ensejo a insultos a camaradas de longa data, ataques a reputa��es t�picos de regimes totalit�rios, “vazamentos” de supostas informa��es, divulga��o de memes difamat�rios, tudo para tentar atingir a coes�o da For�a, em flagrante trai��o ao sacrossanto respeito � hierarquia e � disciplina.