
"Estamos aqui h� praticamente um m�s com nossas a��es de urg�ncia e emerg�ncia em a��o coordenada pelo governo federal para salvar vidas, combatendo o que n�s estamos chamando de projeto de genoc�dio em curso do povo yanomami", afirmou Tapeba em entrevista coletiva na sede do Dsei-Y (Distrito Sanit�rio Especial Ind�gena Yanomami) em Boa Vista.
Apenas no m�s de janeiro deste ano, o DseiY fez remo��o de 223 ind�genas em estado grave, o que incluem movimenta��es dentro do pr�prio territ�rio quanto a transfer�ncia polo de sa�de b�sica de Surucucu para Boa Vista.
Agora, ap�s o primeiro momento da instala��o do hospital de campanha ao lado da Casai-Y (Casa de Sa�de Ind�gena Yanomami) e do envio da For�a Nacional do SUS, a ideia da secretaria � implantar pelo menos dois hospitais de campanha no territ�rio yanomami, um na regi�o do Surucucu e outro no Auaris para desafogar a alta demanda de pacientes que precisam ser removidos por avi�es da �rea ind�gena para a capital.
"Estamos aguardando a conclus�o da reforma da pista de Surucucu para a gente tentar antecipar ou agilizar a implanta��o de um novo hospital de campanha naquela regi�o. Entendemos que neste momento precisamos de no m�nimo dois hospitais de campanha funcionando no territ�rio e temos clareza de que � poss�vel fazer o tratamento de muitos desses pacientes no pr�prio territ�rio", disse.
No entanto, para implantar as unidades, Weibe relatou que � preciso que ocorra a sa�da dos garimpeiros destas regi�es. "N�s acreditamos que s� ser� poss�vel assegurar uma universaliza��o da sa�de ind�gena do povo yanomami com a retirada dos garimpeiros para a das comunidades e dos nossos profissionais", completou.
Atualmente, de acordo com o Centro de Opera��es de Emerg�ncia Yanomami, criado para lidar a n�vel nacional e local com a crise, a terra yanomami possui 68 unidades de sa�de, entre polos-bases e unidades b�sicas de sa�de. Cinco pontos estavam fechados pelo avan�o de garimpeiros ilegais na regi�o e duas unidades voltaram a atender os ind�genas.
Ainda de acordo com Weibe, ser� avaliada a portaria de emerg�ncia sanit�ria por desassist�ncia ao povo Yanomami, que tem per�odo de vig�ncia de 90 dias e pode ser prorrogada. "O que n�s devemos ter como horizonte � que t�o logo haja uma normalidade, uma seguran�a no territ�rio, caber� � Sesai recompor as equipes a partir do contrato de recrutamento com profissionais da sa�de", disse.
Regi�o com 30 mil habitantes em Roraima, a terra ind�gena yanomami vive uma explos�o de casos de mal�ria, incid�ncia de verminoses facilmente evit�veis, infec��es respirat�rias e agravamento da desnutri��o, especialmente entre crian�as e idosos.
O quadro foi agravado pela perman�ncia de garimpeiros ilegais no territ�rio.