
"Estamos h� um m�s e dez dias no governo, n�o tem mais porque a gente n�o estar resolvendo todas as demandas que aparecem para os l�deres da base, de partidos que est�o participando dessa frente parlamentar de sustentabilidade para a nossa democracia. Eu tenho dito a todas as pessoas que estou com muita f� de que a gente vai superar toda e qualquer dificuldade que se apresentar", afirmou nesta quarta-feira (8/2).
"Acho que � bom a gente esquecer quem governou esse pa�s at� o dia 31 de dezembro, mas a gente n�o deve esquecer nunca da tentativa de golpe no 8 de janeiro, uma tentativa de golpe que, possivelmente, poderia ter sido organizada para o dia 1º (na posse), e n�o foi por conta da quantidade de gente que tinha em Bras�lia", emendou.
Lula relatou ainda o hist�rico de protestos pac�ficos realizados por movimentos sociais e, em nova indireta a Bolsonaro, voltou a dizer que os atos golpistas teriam sidos "arquitetados pelo respons�vel maior de toda a prega��o do �dio".
"Sempre que eu lembro daquilo (ataques aos Tr�s Poderes), lembro de quantas vezes eu vinha a Bras�lia desde 1978 fazer protesto, reivindicar aumento de sal�rio, movimento sindical, sem teto, e n�s nunca tivemos nenhum inten��o de invadir o Congresso, o STF ou o Planalto. A gente vinha aqui, dizia o que a gente queria e voltava para casa, na maioria das vezes sem conseguir o intento que nos trazia a Bras�lia. Mas essas pessoas resolveram dar um passo adiante e fazer uma tentativa de golpe neste pa�s. Hoje, eu n�o tenho d�vida de que isso foi arquitetado pelo respons�vel maior de toda a prega��o do �dio, a ind�stria de mentiras, ind�stria de not�cias falsas que tomou esse pa�s nos �ltimos quatro anos porque n�o foi de agora."
Segundo o presidente, a campanha de desinforma��o "vem desde as elei��es de 2018, quando a gente ainda n�o tinha tido a experi�ncia da ind�stria de fake news nesse pa�s. Um dado concreto � que temos muita coisa para fazer A gente n�o pode ter tempo de ficar lembrando e discutindo as coisas do outro governo, n�s agora temos a responsabilidade de fazer, e foi para isso que fomos eleitos".
Rela��o com o Congresso
O presidente Lula ressaltou ainda querer "restabelecer a conversa mais civilizada poss�vel com o Congresso" e reiterou que os Poderes n�o s�o antag�nicos entre si.
"Temos que entender que o Congresso n�o � inimigo do governo e o Congresso tem que entender que o governo n�o � inimigo do Congresso. Outro dia, me perguntaram qual seria a minha base no Congresso, e eu disse que ia come�ar a minha administra��o com 513 deputados na minha base na C�mara e com 81 senadores no Senado, e que depois que o jogo come�asse, a gente ia ver para onde as pessoas iam se arrumando, iam se arranjando."
O petista ainda se disse confiante de que conquistar� maioria ampla para aprovar as reformas e projetos de governo. "Eu tenho certeza que a gente vai conquistar uma maioria ampla para fazer as mudan�as que n�s precisamos nesse pa�s. Sabemos que, em tempo de autoritarismo, muitas coisas s�o aprovadas e depois a gente fica tendo consci�ncia de que essas coisas n�o serviram o prop�sito de que muita gente acreditou e apostou."
Em refer�ncia ao ministro da Secretaria de Rela��es Institucionais, Alexandre Padilha, Lula afirmou que sua miss�o junto com aos l�deres � a de "manter rela��o harm�nica e muito sincera" com o Congresso.
"A gente n�o tem que ficar contando hist�ria, a gente n�o tem que ficar protelando as solu��es, temos que ser mais precisos porque, quanto mais a gente demora para encontrar uma solu��o, seja num acordo simples de vota��o de uma MP, de um PL ou emenda, mais fica caro aprovar aquelas coisas."
O presidente refor�ou tamb�m n�o querer clima de "desarmonia" com a Casa. "N�s n�o queremos a desarmonia. Queremos diverg�ncia que � normal, faz parte do jogo democr�tico. A gente n�o tem que concordar com tudo o que um deputado ou senador deseja, mas tamb�m � verdade que eles n�o t�m que aprovar tudo o que um governo manda. � normal que um deputado tenha uma emenda, que um senador pense diferente, que um partido n�o concorde e tenha proposta diferentes."
O petista disse que, em sua rela��o com a sociedade e o Congresso, "nunca perguntar� para algu�m em quem a pessoa votou". "Eu vou perguntar o que quer fazer daqui para frente. Esse ser� o comportamento do presidente e esse ser� o comportamento do governo."
Por fim, disse aos parlamentares: "A gente n�o tem que pedir licen�a para governar, a gente n�o tem que agradar ningu�m. A gente tem que agradar o povo brasileiro que acreditou em um programa que nos trouxe aqui, e � esse programa que vamos cumprir para obter o sucesso que o povo espera do nosso governo".