
Lideran�as pol�ticas, intelectuais e artistas endossam o movimento, como a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), a ex-ministra Izabella Teixeira, a governadora do Rio Grande do Norte, F�tima Bezerra (PT), a deputada federal Luiza Erundina (PSOL-SP), a jurista Carol Proner, a professora e fil�sofa Marilena Chau� e a cineasta Tata Amaral.
A manifesta��o surge como rea��o � declara��o do ex-presidente Michel Temer (MDB) de que o impeachment de Dilma n�o foi golpe.
O texto afirma que Temer � um dos "grandes art�fices do golpe" e � acompanhado por "vozes ressentidas, equivocadas ou, ao menos, golpistas".
"Diante disso, n�s mulheres, que constitu�mos a maioria da popula��o do pa�s, destacando estarem vivas nesse golpe nossas heran�as patriarcais e a misoginia, c� estamos para, em un�ssono, bradar: foi golpe, um golpe institucional/parlamentar, mis�gino, de graves propor��es e que se expressou nas reformas que se seguiram", afirma o texto.
Segundo Eleonora Menicucci, que foi ministra do governo Dilma de 2012 a 2015, o manifesto tamb�m � uma rea��o � afirma��o da ex-ministra Marta Suplicy, que, em entrevista � TV Folha, disse que o impeachment n�o foi um golpe - ela, inclusive, deu voto favor�vel � deposi��o da presidente quando era senadora pelo PMDB.
"A nossa mobiliza��o nasceu da indigna��o que tomou conta das mulheres democr�ticas, de todos os espectros do Brasil", diz Eleonora.
O documento afirma tamb�m que o impeachment de Dilma foi aprovado "sem qualquer crime" e permitiu a retomada do "processo liberalizante" no pa�s. S�o citadas medidas adotadas ap�s a sa�da da petista como a reforma da Previd�ncia, a emenda 95 que congelou o teto do gasto p�blico, e a "destrui��o de programas de moradia e para as mulheres", entre outros.
O manifesto destaca ainda o que a ex-presidente disse depois de sofrer o impeachment, quando afirmou que o "golpe" iria atingir "indistintamente qualquer organiza��o pol�tica progressista e democr�tica", mas que a esquerda voltaria.
"Reproduzindo o discurso da presidente Dilma, reafirmamos: Voltamos e voltamos para afirmar �s gera��es futuras que nada nos far� recuar", finaliza o texto.
Michel Temer deu a declara��o ap�s o presidente Lula cham�-lo de golpista em discurso na Prefeitura de Montevid�u, capital uruguaia, no dia 25 de janeiro.
"Voc�s sabem que depois de um momento auspicioso, quando governamos de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado e derrubou a companheira Dilma Rousseff, a primeira mulher eleita presidente da Rep�blica no Brasil", disse Lula.
Em nota divulgada em suas redes sociais, Temer disse que o petista insiste em manter-se no palanque e tenta "reescrever a hist�ria por meio de narrativas ideol�gicas".
"Ao contr�rio do que ele disse hoje em evento internacional, o pa�s n�o foi v�tima de golpe algum. Foi na verdade aplicada a pena prevista para quem infringe a Constitui��o",