O ex-presidente est� nos EUA desde 31 de dezembro. No final de janeiro, ele deu entrada em um pedido de visto de turista, o que permitiria ficar no pa�s legalmente por mais seis meses.
Bolsonaro voltou a atacar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Para uma plateia de apoiadores, ele novamente colocou em d�vida, sem apresentar provas, o resultado da elei��o do ano passado.
"� uma satisfa��o muito grande a forma como voc�s t�m me tratado ao redor desse globo. Isso n�o tem pre�o. Ainda mais para quem, pelo menos diante do TSE, n�o conseguiu ser reeleito. Dizem que todos n�s temos uma miss�o aqui na Terra. A minha miss�o ainda n�o acabou. N�o interessa o que venha a acontecer comigo aqui ou no Brasil. E na forma como, porventura, algo venha a acontecer", afirmou Bolsonaro.
N�o h� evid�ncias de nenhuma fraude nas elei��es do ano passado ou em qualquer outra. Todos os testes feitos at� hoje atestaram a confiabilidade das urnas eletr�nicas.
"No momento n�o temos uma lideran�a da direita nacional. Temos regional. Esse pessoal vai crescendo. N�s vamos nos fortalecer. N�s voltaremos", garantiu.
Cr�ticas a 'interesses' em terras yanomami
"Essa quest�o yanomami agora. A inten��o n�o � atender a esses. Porque ali t� misturado, 40% da terra yanomami est� no Brasil e 60% est� na Venezuela. Se n�o tivesse riqueza l�, n�o teria sido demarcado como terra ind�gena. Os interesses s�o muitos. N�o h� interesse em ajudar a popula��o.
O garimpo ilegal cresceu na gest�o Bolsonaro. Reportagem do UOL mostrou que sua gest�o sabia da situa��o de fome entre os yanomamis e, mesmo assim, cortou a entrega de comida.
O ex-presidente chamou de 'presos pol�ticos" os suspeitos presos pelos ataques de 8 de janeiro.
"Lamentamos pelas centenas de presos pol�ticos presos em campo de concentra��o no Brasil. Ningu�m concorda com depreda��o de patrim�nio p�blico. Quem fez, tem que pagar. Mas a grande maioria n�o tem culpa de nada. E n�o � justo o que acontece com essas pessoas", afirmou.
Emas e moedas em espelho d'�gua
"Agora, estou sendo acusado de assassinar emas por obesidade. N�o morreram em quatro anos, mas parece que duas morreram agora. A�, v�m para cima da gente", disse Bolsonaro.
O caso da morte de duas emas que estavam na Granja do Torto — uma das resid�ncias oficiais da presid�ncia ocupada at� o meio de dezembro pelo ex-ministro Paulo Guedes — foi revelado na semana passada pelo UOL".
O novo governo identificou que os animais morreram por excesso de gordura, pois vinham sendo alimentados com comida humana. Bolsonaro tamb�m ironizou a pol�mica sobre as moedas retiradas do espelho d'�gua.
"Quais as acusa��es da m�dia contra mim, contra minha esposa nesse momento? Roubaram as moedinhas do lago. R$ 2.200 em moedinhas. Foram entregues para uma institui��o de caridade", falou Bolsonaro.
No come�o do m�s, foi noticiado que a limpeza do espelho d'�gua do Pal�cio da Alvorada para a retirada das moedas causou a morte das carpas que ficavam no local.
Segundo o governo Lula, o procedimento foi autorizado pela antiga gest�o. A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro disse que doou as moedas.
O ex-presidente tamb�m se defendeu sobre os uso do cart�o corporativo da Presid�ncia. "Por que ca�ram do cavalo no cart�o corporativo? S�o tr�s cart�es. Dois n�o ficam comigo, ficam com o GSI. O meu particular que eu podia sacar R$ 17 mil por m�s, quanto eu saquei? Zero", ironizou o ex-presidente.
O UOL identificou notas fiscais pagas com o cart�o corporativo que totalizam R$ 697 mil entre agosto e novembro, durante o per�odo de campanha eleitoral dele.
Os valores dos gastos em viagens podem ser ainda maiores porque nem todas as notas fiscais foram tornadas p�blicas.
Bolsonaro tamb�m gastou R$ 44 mil do cart�o corporativo com os cercadinhos, at� quando estava de f�rias.
O evento em que ele palestrou ontem foi realizado na Church of All Nations ("Igreja de Todas as Na��es", em tradu��o livre), da Assembleia de Deus. A palestra foi organizada pelo movimento YES Brazil USA, um grupo que se denomina como "crist�os de direita".
