
O oficial era o respons�vel pela seguran�a do Pal�cio do Planalto no dia 8 de janeiro, data dos ataques golpistas. Ele foi substitu�do pelo general Ricardo Piai Carmona, que vai deixar a diretoria de Educa��o Superior Militar.
tentativa de golpe de Estado e estava prevista para ocorrer at� o pr�ximo m�s.
A exonera��o de Dutra de Menezes, na fun��o desde abril de 2022, come�ou a ser costurada logo ap�s a A sa�da do general se soma � de outros 73 de militares que se estavam � disposi��o da administra��o central do Minist�rio da Defesa na gest�o do ent�o presidente Jair Bolsonaro (PL): 13 da Marinha, 53 do Ex�rcito e sete da Aeron�utica.
Entre outras atribui��es previstas em lei, o Comando Militar do Planalto tem por miss�o "contribuir com a Seguran�a Presidencial" e "realizar a Guarda e o Cerimonial Militar da Presid�ncia da Rep�blica". O grupamento funciona como refor�o.
Um inqu�rito policial, acompanhado pelo Minist�rio P�blico Militar (MPM), investiga a postura de Dutra de Menezes na desocupa��o do acampamento bolsonarista montado em frente ao Quartel-General do Ex�rcito, em Bras�lia.
Em depoimento no in�cio do m�s passado, o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB), disse � Pol�cia Federal que o Ex�rcito impediu a retirada de bolsonaristas do local.
Circularam tamb�m nas redes sociais v�deos de integrantes do Ex�rcito impedindo a a��o da Pol�cia Militar do Distrito Federal (PMDF) de retirada de criminosos que estavam depredando o Planalto em 8 de janeiro.
A desconfian�a de Lula em rela��o a nomes do Ex�rcito ficou p�blica j� no p�s-elei��es, quando, no governo de transi��o, o petista concentrou em si as discuss�es sobre o Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI), a Ag�ncia Brasileira de Intelig�ncia (Abin) e outras institui��es diretamente relacionadas � seguran�a dele.
Est� em vig�ncia, por exemplo, ato de Lula que transferiu a seguran�a presidencial prim�ria � PF, retirando-a, at� pelo menos junho deste ano, das atribui��es do GSI, que ficou respons�vel pela organiza��o de viagens do presidente e pelo refor�o da seguran�a.
Ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT) afirmou, logo nos primeiros dias do governo, que Lula solicitou um estudo, ainda n�o apresentado, sobre seguran�a presidencial em outros pa�ses, para avaliar propostas e decidir sobre quem vai ficar a atribui��o.
O chefe do Executivo pediu tamb�m a Costa um mapeamento de bolsonaristas que ainda ocupam cargos de confian�a mesmo com a mudan�a de gest�o. O relat�rio, contudo, tamb�m n�o foi entregue.
A Casa Civil foi questionada pela reportagem sobre a data que levar� o mapeamento ao presidente, mas at� o fechamento desta mat�ria n�o havia enviado resposta.
Na mesma �poca das exonera��es, Rui Costa argumentou que as mudan�as "eram normais em trocas de governo" e que "elas continuariam", sem apontar data.
Homem da confian�a
Apesar da desconfian�a que ronda o GSI, Lula tem ao seu lado, como ministro da �rea, Marco Edson Gon�alves Dias, de sua estreita confian�a.
O "general de Lula" chefiou a seguran�a do presidente nos oito anos dos mandatos anteriores do petista. Na administra��o da ent�o presidente Dilma Rousseff (PT), ele foi diretor da Coordenadoria de Seguran�a Institucional, per�odo em que foi promovido a general.
Tamb�m no m�s passado, Lula trocou o comandante do Ex�rcito. Saiu J�lio C�sar Arruda e entrou Tom�s Paiva. O novo chefe da For�a barrou a nomea��o do tenente-coronel Mauro Cid para o comando de um batalh�o de opera��es especiais em Goi�nia. Cid foi ajudante de ordens de Bolsonaro e � investigado em inqu�ritos no Supremo Tribunal Federal (STF). Arruda resistia em vetar do nome dele e, por isso, foi exonerado.
No GSI, j� foram pelo menos 80 exonera��es. Ap�s o 8 de janeiro, o n�mero dois do gabinete, general Carlos Penteado, nome da gest�o Bolsonaro, acabou dispensado. O general Heber Portella - pr�ximo a Braga Netto, ex-ministro do governo anterior - ficou sem a promo��o ao posto de general quatro estrelas.