
Est� prevista para abril uma mobiliza��o nacional pela terra, com a instala��o de acampamentos em �reas simb�licas e realiza��o de marchas. O MST espera que o governo apresente at� l� um plano emergencial para a �rea. Caso contr�rio, dever� retomar a��es de ocupa��o.
Para os movimentos, entre os quais tamb�m se incluem Contraf, Via Campesina e Conaq, a dedica��o que tem sido mostrada por Lula � quest�o ind�gena, com mudan�as significativas nas estruturas governamentais e grandes an�ncios, mostra que seria poss�vel fazer muito mais no per�odo pelas demandas do campo.
Um dos principais sintomas da lentid�o � a continuidade de nomes escolhidos pelo governo Jair Bolsonaro (PL) em superintend�ncias do Incra, o Instituto Nacional de Coloniza��o e Reforma Agr�ria.
Desde o come�o do governo Lula, apenas 8 dos 29 superintendentes do Incra foram exonerados, segundo mostra o Di�rio Oficial da Uni�o, ainda que nem todos os remanescentes tenham sido escolhidos por Bolsonaro.
O superintendente de S�o Paulo, Edson Alves Fernandes, � um representante da gest�o anterior cuja sequ�ncia no Incra � criticada pelos movimentos do campo, que tiveram com ele uma rela��o conflituosa nos �ltimos anos. Em Alagoas, o superintendente desde 2017 � Cesar Lira, primo do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), e que aparece em diversas fotos com a fam�lia Bolsonaro na internet.
Al�m disso, havia a expectativa de nomea��o de aliados dos movimentos do campo para superintend�ncias e outros postos do Incra na �ltima semana, como um aceno efetivo em rela��o �s pol�ticas para �rea, mas que n�o se concretizou.
O MST aguarda as nomea��es dos novos superintendentes do Incra para pedir ao governo federal medidas emergenciais para resolver os problemas das fam�lias acampadas, que hoje s�o cerca de 100 mil.
Uma das medidas em discuss�o no MST � o pedido de cria��o de um cadastro �nico das fam�lias acampadas para que o governo possa arrecadar as terras e assentar as fam�lias.
No Minist�rio do Desenvolvimento Agr�rio, comandado por Paulo Teixeira, a explica��o para a demora nas trocas no Incra � a de que as escolhas de segundo escal�o passam pelo n�cleo pol�tico do governo, e que a lentid�o se deve ao fato de que as negocia��es por cargos ainda est�o em curso.