
“Ao contr�rio do que o investigado j� tentou justificar, n�o se trata de documento que seria jogado fora, estando, ao rev�s, muito bem guardado em uma pasta do Governo Federal e junto a outros itens de especial singularidade, como fotos de fam�lia e imagem religiosa. A apreens�o s� foi poss�vel porque ANDERSON GUSTAVO TORRES estava fora do pa�s, retornando apenas no dia 14 de janeiro de 2023”, escreveu o subprocurador-Geral da Rep�blica Carlos Frederico Santos, que assina o documento.
No in�cio de fevereiro, a defesa de Torres pediu ao STF a revoga��o da deten��o. O ex-ministro da Justi�a � investigado por suposta omiss�o na condu��o da pasta em 8 de janeiro — dia dos atos terroristas que resultaram na depreda��o dos pr�dios dos tr�s poderes.
Os advogados argumentam que n�o h� motivos que justificassem a pris�o e afirmaram que ele estaria disposto a entregar seu passaporte e colocar � disposi��o da Justi�a seus sigilos banc�rio, fiscal e telef�nico.
Na solicita��o encaminhada � Suprema Corte, a PGR aponta que o ex-secret�rio tinha ci�ncia dos riscos dos atos golpistas. “Ao sair do pa�s, mesmo ciente de que os atos ocorreriam no dia 8 de janeiro, vislumbra-se que ANDERSON GUSTAVO TORRES, deliberadamente, ausentou-se do comando e coordena��o das estruturas organicamente supervisionadas pela pasta que titularizava, fator que surge como preponderante para os tr�gicos desdobramentos dos fatos em comento”, escreveu o �rg�o.
Segundo o subprocurador Carlos Frederico Santos, “al�m de n�o atuar para impedir ou, ao menos, minimizar os danos, o investigado/requerente se colocou em posi��o deliberada de omiss�o, n�o podendo agora se valer disso para buscar uma isen��o de responsabilidade”, disse.
Torres est� preso desde 14 de janeiro por ordem do ministro Alexandre de Moraes. A Procuradoria disse que as condutas dele foram "omissivas" e demonstraram "absoluta desorganiza��o". “Se ausentou da responsabilidade que lhe competia, de fiscalizar o seu cumprimento e coloc�-lo em pr�tica, ao deixar o pa�s", escreveu.