
Esse pacote n�o foi interceptado pelos auditores fiscais no aeroporto de Guarulhos e, como mostrou recibo oficial ao qual a Folha de S.Paulo teve acesso, foi entregue � Presid�ncia em novembro passado para compor o arquivo pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Em nota divulgada nesta segunda-feira (6), a Receita afirmou que "tomar� as provid�ncias cab�veis no �mbito de suas compet�ncias para esclarecimento e cumprimento da legisla��o aduaneira, sem preju�zo de an�lise e esclarecimento a respeito da destina��o do bem".
Um dos pacotes, um conjunto de joias e rel�gio avaliado em R$ 16,5 milh�es que seria para a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, foi retido pela Receita no aeroporto de Guarulhos assim que Albuquerque e equipe desembarcaram no Brasil. Estava na bagagem de um dos auxiliares do ex-ministro. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de S. Paulo.Um outro estojo, que inclui rel�gio, caneta, abotoaduras, anel e um tipo de ros�rio, todos da marca su��a de diamantes Chopard e supostamente destinados a Bolsonaro, estava em poder de um outro integrante da comitiva e n�o foi interceptado pela fiscaliza��o.
"De acordo com o fato pode configurar viola��o da legisla��o aduaneira tamb�m pelo outro viajante, por falta de declara��o e recolhimento dos tributos", afirmou a Receita.
O �rg�o afirmou no comunicado que o procedimento de sele��o de passageiros leva em considera��o crit�rios de gerenciamento de risco, baseados em um conjunto de informa��es relativas ao voo, ao passageiro e �s caracter�sticas da viagem.
� Folha de S.Paulo, Albuquerque afirmou ter informado aos auditores fiscais ainda no aeroporto de Guarulhos sobre a mala contendo o segundo pacote de joias.
Procurado pela reportagem, o ex-assessor especial do MME Ant�nio Carlos Mello disse que o minist�rio informou e pediu orienta��es � Receita e � Presid�ncia t�o logo os supostos presentes foram recebidos na pasta.
Mello foi, segundo recibo oficial, o respons�vel pela entrega do estojo de joias � Presid�ncia no �ltimo dia 29 de novembro, a praticamente um m�s do t�rmino do mandato de Bolsonaro. O pacote foi ficou mais de um ano sob a guarda do minist�rio, segundo o ex-assessor.
