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Estado de Minas ORGANIZA��O CRIMINOSA

Oposi��o associa fala de Lula a plano de organiza��o criminosa contra Moro

Em entrevista para site, Lula disse que pensava em vingan�a quando estava preso em Curitiba. 'S� vou ficar bem quando foder com o Moro'


22/03/2023 15:54 - atualizado 22/03/2023 19:45

Montagem com Sergio Moro a esquerda e Lula a direita
Sergio Moro foi o respons�vel por condenar o presidente Lula no �mbito da Opera��o Lava Jato (foto: Mauro Pimentel/Evaristo Sa/AFP)
Parlamentares da oposi��o tentam nesta quarta-feira (22/3) associar o suposto plano da fac��o criminosa PCC contra o senador e ex-ministro Sergio Moro (Uni�o Brasil-PR) � fala de um dia antes do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) de que pensava em vingan�a quando estava preso em Curitiba.

 

O plano da fac��o veio � tona nesta quarta depois que a Pol�cia Federal deflagrou uma opera��o para cumprir 24 mandados de busca e apreens�o, sete de pris�o preventiva e quatro de pris�o tempor�ria contra os suspeitos. Ao menos nove pessoas foram presas.

 

Nesta ter�a, Lula e Moro voltaram a trocar farpas devido � Opera��o Lava Jato. Lula relembrou que, no per�odo em que esteve preso, costumava falar para procuradores que iam visit�-lo que iria "foder esse Moro". O senador respondeu no mesmo dia e disse que o presidente quer se vingar do povo brasileiro.

 

Solidariedade a Moro 

 

Nesta quarta, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) manifestou solidariedade a Moro e ao promotor Lincoln Gakiya —que tamb�m seria alvo dos criminosos— e relembrou o assassinato do ex-prefeito de Santo Andr� (SP) Celso Daniel, em 2002.

 

 

 

"Em 2002 Celso Daniel, em 2018 Jair Bolsonaro e agora Sergio Moro. Tudo n�o pode ser s� coincid�ncia. O Poder absoluto a qualquer pre�o sempre foi o objetivo da esquerda. A CPMI [comiss�o parlamentar mista de investiga��o] assombra os inimigos da democracia", escreveu nas redes sociais.

 

J� o deputado federal bolsonarista Filipe Barros (PL-PR) disse que a fala de Lula era "a autoriza��o que o PCC precisava para executar o plano" contra o senador. O parlamentar afirmou que a PF "agiu rapidamente" e disse que o caso ter� desdobramentos no Congresso.

 

 

 

Integrantes do governo e aliados no Congresso rebateram a rela��o que a oposi��o faz da fala de Lula com o plano dos criminosos.

 

"N�o h� qualquer possibilidade de v�nculo entre a manifesta��o do presidente Lula e a opera��o que foi realizada. Muito pelo contr�rio, eu acho que a opera��o � exatamente uma demonstra��o dessa isen��o", disse a jornalistas o ministro da Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia (Secom), Paulo Pimenta.

 

"Na manifesta��o, o presidente Lula relatou o sentimento de injusti�a e da indigna��o. Absolutamente natural compreens�vel de algu�m que ficou 580 dias detido numa solit�ria e que depois teve todos os seus processos anulados", completou.

 

Pimenta disse que a opera��o � demonstra��o de que a PF � republicana e que n�o est� mais aparelhada.

 

O l�der do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a opera��o mostra que o aparelhamento da Pol�cia Federal "acabou". Segundo ele, em outros tempos, talvez a PF "nem tivesse abordado, feito uma investiga��o como essa, com celeridade" para intervir.

 

"O ministro da Justi�a n�o faria uma declara��o p�blica informando a natureza da investiga��o, da a��o da PF, se tivesse alguma raz�o de natureza pol�tica. �bvio que vai ter um esfor�o da oposi��o de politizar isso. Mas o tempo que a PF foi aparelhada, a realiza��o dessa opera��o hoje � a prova mais cabal que esse tempo acabou", disse.

 

 

 

 

 

A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), tamb�m se manifestou sobre o caso nas redes sociais. "Juiz parcial, que n�o se importou com o �dio que alimentou com a Lava Jato, tem aula de civilidade e democracia do governo Lula", afirmou.

 

 

 

Moro afirmou pelas redes sociais que far� um pronunciamento sobre a a��o da Pol�cia Federal e o plano do PCC no plen�rio do Senado. O ex-juiz da Opera��o Lava Jato conta com seguran�a da Pol�cia Legislativa desde que assumiu o cargo.

 

"Sobre os planos de retalia��o do PCC contra minha pessoa, minha fam�lia e outros agentes p�blicos, farei um pronunciamento � tarde na tribuna do senado. Por ora, agrade�o a PF, PM/PR, Pol�cias legislativas do Senado e da C�mara, PM/SP, MPE/SP, e aos seus dirigentes pelo apoio e trabalho realizado", disse Moro pela manh�.

 

O plano do PCC contra o senador tamb�m foi usado pelo presidente da CCJ (Comiss�o de Constitui��o e Justi�a) do Senado, Davi Alcolumbre (Uni�o Brasil-AP), para cancelar a sess�o desta quarta.

 

A assessoria de Alcolumbre disse que n�o havia n�mero m�nimo de parlamentares, al�m de "grande como��o" em torno do caso.

 

A��es como ministro da Justi�a  

 

Como ministro da Justi�a e Seguran�a P�blica de Bolsonaro, Moro transferiu v�rios chefes do PCC, entre eles Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, para o sistema penitenci�rio federal.

 

O principal chefe do PCC foi transferido do sistema penitenci�rio estadual de S�o Paulo para a penitenci�ria federal em Bras�lia em fevereiro de 2019. Meses depois, seguiu para uma unidade federal em Rond�nia e, depois, retornou para a capital federal.

 

Moro foi o juiz respons�vel por uma s�rie de condena��es pela opera��o Lava Jato, inclusive a que manteve o hoje presidente Lula (PT) preso por 580 dias entre 2018 e 2019. No fim de 2018, Moro abandonou a magistratura para, no ano seguinte, assumir o cargo de ministro da Justi�a da gest�o de Bolsonaro.

 

Em 2020, por�m, Moro deixou o governo Bolsonaro, rompido com o presidente, e, em 2021, foi considerado parcial pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em condena��o de Lula.

 

O ex-juiz se filiou ao Podemos para disputar a Presid�ncia em 2022, agora como rival tanto do petista como de Bolsonaro. Acabou decidindo concorrer a senador no Paran� pela Uni�o Brasil e foi eleito.


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