
De acordo com informa��es obtidas pelo Correio junto a fontes na corpora��o, os depoimentos devem ocorrer todos no mesmo dia, na Academia Nacional de Pol�cia, localizada no Lago Norte. A instala��o � a mesma para onde foram levados extremistas presos no acampamento em frente ao Quartel General do Ex�rcito, no dia seguinte aos atentados. Diversas testemunhas e investigados afirmaram em depoimento que o Ex�rcito impediu a pris�o dos v�ndalos no dia dos ataques.
Entre os convocados para prestar depoimento, est�o oficiais que ocupavam cargos de comando no Ex�rcito. Um dos depoentes � o general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, que chefiou o Comando Militar do Planalto. Tamb�m foi convocado o tenente-coronel Jorge Fernandes da Hora, do Batalh�o da Guarda Presidencial (BGP), respons�vel pela seguran�a do Pal�cio do Planalto.
Em novembro, dois meses antes da depreda��o dos edif�cios na Pra�a dos Tr�s Poderes, a Pol�cia do Ex�rcito deixou que acampados atacassem fiscais do governo de Bras�lia que tentavam remover barracas com alimentos e outros mantimentos usados para sustentar o acampamento golpista, de acordo com documentos obtidos pela PF durante as investiga��es.
Al�m disso, o ex-comandante-geral da Pol�cia Militar do Distrito Federal (PMDF) F�bio Vieira afirmou que o Ex�rcito impediu opera��es da corpora��o para prender os integrantes do acampamento montando em frente ao Quartel-Geral. Ele indicou que os oficiais da for�a discordaram das a��es e que chegaram a impedir o acesso da tropa da pol�cia.
Moraes
O ministro Alexandre de Moraes, do STF, relator do inqu�rito que investiga os atentados, entende que os militares envolvidos com o caso devem ser julgados pelo Supremo, e n�o na Justi�a Militar, tendo em vista que o ataque foi contra a sede do tribunal e envolve tentativa de golpe de Estado.