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Estado de Minas JOIAS SAUDITAS

Joias: Bolsonaro confirma � PF conversa com ex-chefe da Receita

Bolsonaro diz que � de 'praxe o recebimento de presente quando de visitas ao Oriente M�dio, n�o havendo um motivo espec�fico para as joias terem sido ofertadas'


15/04/2023 09:21 - atualizado 15/04/2023 09:56

Jair Bolsonaro dentro do carro depois do depoimento à PF
Jair Bolsonaro alega que n�o h� 'um motivo espec�fico para as joias terem sido ofertadas pelo governo da Ar�bia Saudita' (foto: Sergio Lima/AFP)
Em depoimento � Pol�cia Federal, prestado no �ltimo dia 5, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que conversou com o ent�o chefe da Receita Federal, J�lio C�sar Vieira Gomes, e "determinou" que ele estabelecesse contato com o tenente coronel Mauro Cid, � �poca ajudante de ordens da Presid�ncia, para tratar das joias que foram dadas ao ent�o chefe do Executivo e � primeira-dama Michele Bolsonaro pelo governo da Ar�bia Saudita. Os itens de luxo acabaram apreendidos pelo Fisco no Aeroporto de Guarulhos.

Segundo Bolsonaro, o contato com o chefe da Receita se deu enquanto Mauro Cid foi atr�s de informa��es sobre as joias apreendidas, por solicita��o do pr�prio presidente. O ex-chefe do Executivo ainda alegou que s� soube do caso em novembro de 2022, enquanto a apreens�o se deu no ano anterior.

A �ntegra do depoimento de Bolsonaro foi divulgada, ontem, pela jornalista Daniela Lima, da CNN Brasil. A reportagem confirmou os detalhes do relato do ex-presidente � PF.

Na oitiva realizada no �ltimo dia 5, Bolsonaro ainda narrou que n�o se recorda de quem lhe contou sobre a apreens�o, sendo poss�vel ter sido algu�m do Minist�rio de Minas e Energia. As joias foram apreendidas na mochila de um assessor do ent�o ministro Bento Albuquerque, titular da pasta. O ex-presidente negou ter conversado com Albuquerque a respeito do caso.

O ex-presidente narrou � Pol�cia Federal que � de "praxe o recebimento de presente quando de visitas ao Oriente M�dio, n�o havendo um motivo espec�fico para as joias terem sido ofertadas pelo governo da Ar�bia Saudita".
 

Exonera��o negada

J�lio C�sar Vieira Gomes tamb�m j� dep�s � PF. Ap�s a oitiva, ele pediu exonera��o do cargo que ocupa na Superintend�ncia da Receita Federal no Rio de Janeiro, o que foi negado pelo governo Lula.

No caso das joias, o ent�o secret�rio fez press�o sobre os servidores p�blicos para liberar os itens retidos na alf�ndega do Aeroporto de Guarulhos.

Para conseguir liberar as joias, avaliadas em R$ 16,5 milh�es, e envi�-las ao ent�o presidente e � primeira-dama Michelle Bolsonaro, Gomes pressionou servidores de diversos departamentos, por meio de mensagens de texto enviadas por aplicativos como WhatsApp, gravou �udios, fez telefonemas e encaminhou e-mails sobre o assunto.

Em um dos �udios, Julio Cesar pede que um servidor acesse outro departamento do �rg�o federal - a Coordena��o-Geral de Programa��o e Log�stica (Copol) - e passe seu contato para o respons�vel da �rea, sob o argumento de que precisa explicar o caso da reten��o das joias e que se trata de um item que "faz parte do gabinete pessoal" da Presid�ncia. "� do presidente da Rep�blica. Existe um gabinete pessoal, � um �rg�o que ele criou."


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