Ex-interventor do DF vai assumir GSI interinamente

Bras�lia - O presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) decidiu nomear o ex-interventor da seguran�a no Distrito Federal Ricardo Cappelli para comandar interinamente o Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI). A decis�o foi anunciada pelo ministro da Secretaria de Comunica��o da Presid�ncia da Rep�blica (Secom), Paulo Pimenta, na noite de ontem, ap�s a demiss�o do ministro do GSI, general Gon�alves Dias.

 

Pimenta tamb�m anunciou a exonera��o do atual secret�rio-executivo do GSI Ricardo Jos� Nigri, que havia assumido o cargo em 24 de janeiro, cerca de duas semanas ap�s os ataques golpistas do dia 8 daquele m�s. Cappelli atualmente � o secret�rio-executivo do Minist�rio da Justi�a. Ele assumir� o cargo de secret�rio-executivo do GSI e, na aus�ncia de um novo ministro, vai comandar a pasta.

Pimenta lembrou que o presidente Lula viaja oficialmente para a Europa hoje e que na volta tra�ar "uma estrat�gia e uma posi��o definitiva sobre o futuro do GSI". O chefe da Secom, no entanto, afirmou que n�o existe discuss�es referentes � extin��o do �rg�o.

"Mas o presidente entendeu que era importante que esse espa�o fosse ocupado imediatamente. Cappelli fez um trabalho muito importante como interventor aqui na seguran�a p�blica do Distrito Federal. Ele portanto foi convidado e j� aceitou o convite e ele responder� interinamente, como secret�rio-executivo, pelo GSI", completou o ministro.

Cappelli foi nomeado interventor federal na seguran�a p�blica do Distrito Federal no dia 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro ainda ocupavam e vandalizavam o Pal�cio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal. Atuou como interventor at� o �ltimo dia de janeiro. Nesse per�odo exonerou toda a equipe que havia sido nomeada pelo ex-secret�rio de Seguran�a P�blica do DF Anderson Torres, que havia sido ministro da Justi�a de Bolsonaro.

Lula participou ontem das comemora��es do Dia do Ex�rcito, no QG da institu��o em Bras�lia. Ele � o ministro da Defesa foram saudados pelos comandantes da Marinha, almirante Marcos Olsen; da Aeron�utica, tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno; e do Ex�rcito, general Tom�s Paiva. Lula n�o se pronunciou no evento militar, mas discursou na cerim�nia de posse do Conselho de Participa��o Social e do lan�amento do Processo de Elabora��o do PPA Participativo (Plano Plurianual). Ele afirmou que o Brasil "n�o tem espa�o para fascista, nazista e quem n�o gosta da democracia".

“Cada pessoa que participou do golpe de 8 de janeiro vai ser julgada, vai ter direito � presun��o de inoc�ncia, que n�o tive, mas n�o deixaremos de julgar cada um dos golpistas porque neste pa�s n�o existe espa�o para fascista, nazista e quem n�o gosta de democracia", afirmou, sem citar o general demission�ro Gon�alves Dias.

 

Durante a cerim�nia no QG, o comandante do Ex�rcito, general Tom�s Miguel Ribeiro Paiva, declarou que a institui��o � “apol�tica, apartid�ria e imparcial". “O Ex�rcito imortal de Caxias, institui��o de estado apol�tica, apartid�ria, imparcial e coesa, integrada � sociedade e em permanente estado de prontid�o, completa 375 anos de hist�ria. Sua exist�ncia est� alicer�ada em valores e tradi��es, bem como comprometida com a defesa da p�tria, com a independ�ncia, com a rep�blica e a democracia", ressaltou o comandante do Ex�rcito brasileiro”, afirmou.

Paiva ainda fez pedido aos militares. "Tenhamos f� nos princ�pios democr�ticos, na resili�ncia e solidariedade do povo brasileiro e no valor profissional dos nossos militares, herdeiros dos her�is de Guararapes e fi�is guardi�es de nossa soberania!", finalizou.