
“Os efeitos da mudan�a do clima agravam ainda mais a pobreza, a fome e a desigualdade no mundo, flagelos que o Brasil combate com todas as for�as. Tamb�m somos defensores intransigentes da paz entre os povos. N�o h� sustentabilidade num mundo em guerra”.
Nos �ltimos dias, em viagens � China e aos Emirados �rabes, Lula convocou os pa�ses n�o envolvidos no conflito a participar de um grupo de paz, e cobrou que Estados Unidos e Uni�o Europeia "parem de incentivar o conflito" com o fornecimento de armas para a guerra.
Rea��o
A resposta da Europa veio por meio do porta-voz de assuntos externos da Uni�o Europeia, Peter Stano, em pronunciamento no �ltimo dia 17, em Bruxelas, na B�lgica. O comunicado rejeitou as acusa��es do presidente brasileiro, afirmou que a R�ssia � a �nica culpada pelo conflito e reiterou que Uni�o Europeia e Estados Unidos est�o trabalhando juntos para combater a guerra.
J� os norte-americanos foram mais duros. O coordenador de comunica��o estrat�gica do Conselho de Seguran�a Nacional da Casa Branca, John Kirby, chamou os coment�rios de Lula de "simplesmente equivocados".
Para ele, o Brasil est� "repetindo a propaganda russa e chinesa sem olhar para os fatos". Kirby fez a declara��o mais enf�tica de um membro do governo norte-americano quanto aos movimentos da diplomacia brasileira sobre o conflito europeu.
No �ltimo dia 18, o presidente refor�ou ao presidente da Rom�nia, Klaus Werner Iohannis, que o Brasil condena a invas�o da Ucr�nia pela R�ssia, mas destacou a defesa de uma solu��o negociada para o conflito.
Um dia antes, Lula recebeu o ministro das Rela��es Exteriores da R�ssia, Sergey Lavrov, em Bras�lia. O encontro motivou o presidente da Ucr�nia, Volodymyr Zelensky, a refor�ar o convite para que o petista visite oficialmente seu pa�s, invadido em fevereiro do ano passado pelas tropas de Vladimir Putin.
"� preciso que todos fa�am a sua parte"
Em fala no f�rum, hoje, o presidente Lula destacou ainda que, al�m da busca pela paz, � preciso uma rela��o de confian�a entre os pa�ses e cobrou que todos fa�am sua parte, inclusive em rela��o ao financiamento de a��es clim�ticas.
“Al�m da paz, � urgente buscarmos uma rela��o de confian�a entre os pa�ses. No entanto, desde a Conven��o do Clima, em 1992, no Rio de Janeiro, a confian�a entre os atores envolvidos tem declinado. Desde que o compromisso foi assumido, em 2009, o financiamento clim�tico oferecido pelos pa�ses desenvolvidos mant�m-se aqu�m da promessa de 100 bilh�es de d�lares por ano. Como disse no in�cio, � preciso que todos fa�am a sua parte.”
Por fim, o petista ressaltou que � necess�ria uma “governan�a mais efetiva e leg�tima” e o cumprimento urgente de promessas relacionadas ao meio ambiente.
“Hoje o mundo est� pr�ximo de um ponto irrevers�vel. Vemos diante de n�s a urg�ncia de cumprirmos as promessas feitas. Precisamos de uma governan�a mais efetiva e leg�tima, que nos permita resgatar a solidariedade para o bem de toda a humanidade. Podem contar com o Brasil”, concluiu.