
G.Dias, como � conhecido, se demitiu do cargo na quarta-feira, depois de ser flagrado em grava��es do circuito interno do Pal�cio do Planalto orientando extremistas que invadiram e depredaram o local, em 8 de janeiro.
No mesmo documento, Moraes determinou que a PF informe se cumpriu a decis�o anterior sobre a obten��o de todas as imagens de c�meras do Distrito Federal que registraram os ataques, inclusive o circuito de monitoramento do Planalto. O magistrado ainda ordenou que todos os militares que aparecem nas grava��es sejam identificados.
"Caso n�o tenham sido ouvidos, os depoimentos devem ser realizados em 48 (quarenta e oito) horas", escreveu Moraes. "A imprensa veiculou grav�ssimas imagens que indicam a atua��o incompetente das autoridades respons�veis pela seguran�a interna do Pal�cio do Planalto, inclusive com a il�cita e conivente omiss�o de diversos agentes do GSI."
Tamb�m ontem, o ministro interino do GSI, Ricardo Cappelli, afirmou que trabalha para levantar todas as informa��es a respeito da atua��o de servidores da pasta no Pal�cio do Planalto no dia dos atos antidemocr�ticos. Segundo ele, os dados ser�o encaminhados ao STF.
"A gente recebeu solicita��o do ministro Alexandre de Moraes e vai cumprir, vai fazer a identifica��o e cumprir a determina��o do Supremo Tribunal Federal", frisou Cappelli, em coletiva de imprensa, ap�s reuni�o com o ministro da Defesa, Jos� M�cio Monteiro (leia reportagem ao lado).
Segundo Cappelli, todos os passos acerca da investiga��o ser�o repassados ao presidente Luiz In�cio Lula da Silva. "Vamos fazer tudo com muita tranquilidade, equil�brio, firmeza. Estamos come�ando a levantar os dados. Ent�o, a gente vai fazer uma avalia��o, estudar e apresentar ao presidente, na volta da viagem (do chefe do Executivo � Europa), uma opini�o, uma avalia��o da situa��o e de rumo."
Dino n�o v� conluio
Quem tamb�m pregou tranquilidade na apura��o foi o ministro da Justi�a, Fl�vio Dino. Ele disse n�o acreditar em conluio entre G.Dias e os criminosos que invadiram e depredaram o Planalto.
"Sinceramente, conhe�o muito pouco o general G.Dias. Mas, de tudo que ouvi, n�o acredito que tenha agido mancomunado ou de conluio com criminosos", frisou Dino a jornalistas no Minist�rio da Justi�a.
Segundo o ministro, o pedido de exonera��o de G.Dias n�o necessariamente representa um ind�cio de culpa. "Se algu�m detentor de um cargo em comiss�o sai, n�o significa dizer que ele � culpado de qualquer coisa. �s vezes, s�o outras circunst�ncias mais da discricionariedade pol�tica e administrativa", argumentou.
O general decidiu pedir demiss�o depois de reuni�o com Lula. O petista j� havia sido aconselhado por aliados a dispensar o militar.
Lula negou, ontem, ter ficado aborrecido com o pedido de exonera��o de G.Dias: "Ele saiu por vontade pr�pria", sustentou, ao jornal Valor Econ�mico.