"N�s temos um problema no Brasil, primeiro-ministro, que Portugal n�o sei se tem. � que a nossa taxa de juros � muito alta. No Brasil, a taxa Selic, que � referencial, est� em 13,75%. Ningu�m toma dinheiro emprestado a 13,75%, ningu�m. E n�o existe dinheiro mais barato", reclamou Lula, sem citar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.
A taxa selic est� h� oito meses em 13,75% ao ano e vem sendo alvo de cr�ticas do presidente desde o in�cio do mandato. Este � o maior percentual desde 2016.
Para o presidente � necess�rio "colocar o pobre no or�amento", pois um pa�s capitalista precisa de dinheiro, "e esse dinheiro tem que circular. N�o na m�o de poucos, mas na m�o de todos".
"A solu��o para o Brasil � voltar a colocar o pobre no or�amento. � a gente garantir que as pessoas pobres possam participar. Porque quando eles virarem consumidores, eles v�o comprar. Quando eles comprarem, o com�rcio vai vender. Quando o com�rcio vender, vai gerar emprego, vai comprar mais produto na f�brica", declarou.
Lula tamb�m disse que os tr�s primeiros meses do governo foram baseados para "preparar o Brasil para dar um salto de qualidade" e enfatizou a necessidade de inclus�o.
"N�s tivemos que recuperar todas as pol�ticas de inclus�o social que foram desmontadas. O que n�s fizemos em 13 anos foi desmontado em 4 anos. Tudo. At� a fome. Vamos ter que fazer muitas coisas que j� tinhamos feitos", disse Lula.