
Lula estava aguardando a sinaliza��o de que o indicado ser� aprovado em sabatina no Senado, seja no plen�rio ou na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a (CCJ). Fontes do Pal�cio do Planalto consultadas pela reportagem indicam que esse sinal chegou h� poucos dias.
“Ele foi avisado que j� existe apoio, com folga para indica��o do Cristiano Zanin. A partir disso, a indica��o ocorrer� em breve, dentro de algumas semanas”, diz uma das fontes que atua na c�pula do Executivo.
Zanin atuou nos processos de defesa de Lula na Opera��o da Lava-Jato e ganhou a confian�a do presidente. Ouvidos reservadamente pela reportagem, senadores afirmam que realmente existe um clima de apoio, no entanto, a maioria dos parlamentares afirma que o cen�rio real s� pode ser conhecido quando a indica��o se concretizar.
Os mais c�ticos avaliam a possibilidade de que Lula indique outro nome, embora reconhe�am que o nome de Zanin levanta cr�ticas na popula��o e outros segmentos da sociedade e que o momento de correr riscos perante os eleitores � no come�o do mandato.
Outro nome cotado � do advogado Manoel Carlos Almeida Netto, ex-secret�rio-geral do TSE e do STF nas gest�es do ministro Lewandowski.
“N�o tem como ter certeza do cen�rio antes que ocorra a indica��o. A partir da escolha, novas informa��es v�m a p�blico, assim como parlamentares podem analisar melhor o perfil do indicado. Mas eu mesmo n�o tenho oposi��o neste momento”, completa um senador do PSB.
Lula chegou a ser alvo de 26 processos em diversas inst�ncias da Justi�a no Paran�, em S�o Paulo e em Bras�lia. Com uma quantidade de recursos consider�vel na Justi�a Federal do Paran�, no Tribunal Regional Federal da 4º Regi�o, em cortes paulistas e nos tribunais superiores, Zanin obteve sucessivas anula��es de processos por aus�ncia de provas, como no processo em que Lula foi acusado de envolvimento em esquema de pagamento de propina na tentativa de compra de ca�as franceses.
A maior barreira no Senado seria de parlamentares lavajatistas, como Sergio Moro, ex-juiz da opera��o. No entanto, Lula foi avisado por contatos pr�ximos que a opera��o est� longe de ser unanimidade ou mesmo ter apoio da maioria dos senadores. A avalia��o � de que ocorreu abuso por parte das autoridades que conduziram os casos e que um movimento apol�tico surgiu por conta dos m�todos adotados.