Gleisi Hoffmann defende o MST e critica o agro: 'Prepot�ncia e radicalismo'

A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada federal Gleisi Hoffmann, defendeu a participa��o do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) no Conselho de Desenvolvimento Econ�mico e Social, tamb�m conhecido como Conselh�o, nessa segunda-feira (1°/5). A parlamentar destacou o grupo como o maior movimento social organizado no Brasil e aproveitou para criticar uma parte do agroneg�cio brasileiro.

“� o maior movimento social organizado no Brasil e quem sabe no mundo. Representa boa parte da agricultura familiar e camponesa! Coloca comida no prato do povo. Parte do agroneg�cio brasileiro est� mostrando prepot�ncia e radicalismo, partidarizando o setor”, disse Gleisi.

O MST � um aliado hist�rico do PT e do governo do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT), para Gleisi, as cr�ticas � participa��o do grupo no conselho s�o prejudiciais. “Isso � ruim para o Brasil e para o pr�prio setor”, completou.

O movimento se prepara para enfrentar mais uma Comiss�o Parlamentar de Inqu�rito (CPI) na C�mara dos Deputados, dessa vez com uma oposi��o mais “barulhenta” nas redes sociais e uma bancada ruralista que promete uma resposta forte �s recentes invas�es de terra do chamado “abril vermelho” - m�s simb�lico para a reivindica��es por reforma agr�ria.

A participa��o do MST no conselho foi anunciada pelo ministro das Rela��es Institucionais, Alexandre Padilha, na noite de s�bado (29/4). Nas redes sociais, ele chegou a defender o movimento contra a CPI. “"Aproveito para ressaltar que n�o existe nenhum fato determinado, como exige a Constitui��o, para a cria��o de eventual CPI sobre o MST", disse o ministro.

Os blocos partid�rios ainda precisam indicar os membros que ir�o compor a comiss�o. O favorito para assumir a relatoria � o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (PL-SP), enquanto a presid�ncia deve ficar com o deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS). 

O n�cleo Bolsonarista na C�mara dos Deputados v� uma oportunidade de desgastar o governo Lula. Ao mesmo tempo, setores do agroneg�cio condenam os militantes e recebem apoio de governadores, que criticam abertamente as invas�es de terra.