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Estado de Minas PELO EX�RCITO

Ex-major preso pela PF � dado como morto; esposa recebe pens�o

Preso por integrar esquema de adultera��o do cart�o de vacina��o de Bolsonaro, ex-major foi expulso, mas garantiu direitos. Pens�o da esposa � de R$ 22 mil


06/05/2023 11:04 - atualizado 06/05/2023 11:40

bolsonaro e major Ailton Barros
Segundo o Ex�rcito, apesar da expuls�o, Barros n�o perdeu os direitos que se estendiam aos dependentes (foto: Reprodu��o/Instagram)
Investigado como um dos articuladores do esquema de falsifica��o de carteiras de vacina��o do Minist�rio da Sa�de, o major reformado do Ex�rcito Ailton Barros - preso na quinta-feira durante a Opera��o Venire - � tido como morto pela for�a militar. Com isso, a "vi�va", Marinalva Leite da Silva Barros, recebe uma pens�o bruta de R$ 22 mil, sendo R$ 14 mil l�quidos mensalmente, segundo o Portal da Transpar�ncia. A informa��o sobre o "irm�o 02" do ex-presidente Jair Bolsonaro foi divulgada pela Globo News e confirmada pelo Correio.
 
Barros foi expulso do Ex�rcito, onde era major. A remunera��o para Marinalva � feita pelo menos desde setembro do ano passado. O Correio entrou em contato com a For�a para que esclarecesse o caso e, por meio de nota, afirmou que ele foi julgado pelo Superior Tribunal Militar (STM), em 23 janeiro de 2014 - consideraram-no "incompat�vel com o oficialato, resultando na perda de seu posto e patente".
Segundo o Ex�rcito, apesar da expuls�o, Barros n�o perdeu os direitos que se estendiam aos dependentes. "Em consequ�ncia, ap�s a exclus�o das fileiras do Ex�rcito, o ex-militar foi inclu�do no sistema como 'morto ficto' (morto fict�cio) para que seus benefici�rios legais (no caso a mulher) pudessem receber a pens�o correspondente ao posto, cumprindo o previsto na legisla��o vigente."

De acordo com o art. 2º da Lei 3.765/60, "os oficiais demitidos a pedido e as pra�as licenciadas ou exclu�das poder�o continuar como contribuintes da pens�o militar, desde que o requeiram e se obriguem ao pagamento da respectiva contribui��o, a partir da data em que forem demitidos, licenciados ou exclu�dos".

O ex-major � homem de confian�a de Bolsonaro. O ex-presidente tamb�m foi alvo da investiga��o da Pol�cia Federal (PF) sobre a adultera��o dos dados da vacina��o de covid-19. A corpora��o ainda deve convocar Barros para depor sobre o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes, em 14 de mar�o de 2018, no Rio de Janeiro.
O ex-militar afirmou, em mensagens interceptadas pelos investigadores, saber quem foi o mandante do assassinato da parlamentar carioca. Nas escutas, Barros conversa com o tenente-coronel Mauro Cid, ent�o ajudante de ordens de Bolsonaro e tamb�m preso pela PF. "Eu sei dessa hist�ria da Marielle toda, irm�o. Sei quem mandou [matar]", garantiu.

Em outra troca de mensagens com Cid, o "irm�o 02" de Bolsonaro fala sobre organizar um golpe de Estado, que teria como desdobramento a pris�o do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A estrat�gia envolvia um pronunciamento do ent�o comandante do Ex�rcito, Freire Gomes, ou do ex-presidente da Rep�blica.

O objetivo era, segundo Barros, que, em 19 de dezembro, fossem lidas as portarias, decretos de garantia da Lei e da Ordem e "botar [sic] as For�as Armadas, cujo comandante supremo � o presidente da Rep�blica, para agir".

Novos registros

O Minist�rio da Sa�de identificou que as filhas de Mauro Cid teriam sido vacinadas contra a covid-19 antes mesmo de a campanha para a imuniza��o infantil come�ar no pa�s. As meninas, de cinco e 14 anos de idade, teriam recebido os imunizantes da Janssen - autorizada apenas para maiores de 18 anos.

No entanto, em uma mensagem de �udio interceptada pela PF atribu�da a Cid, revela que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro era contr�rio � vacina para a covid-19, inclusive a aplica��o em crian�as. "Eu n�o vou tomar, nem as crian�as. As vacinas ainda est�o em fase de teste, t� fora", disse em uma grava��o.

Segundo dados do minist�rio, as filhas de Cid teriam recebido as doses em 22 de junho de 2021, 8 de setembro de 2021 e 19 de novembro de 2021. As duas primeiras teriam sido da Pfizer e a �ltima consta como da Janssen. Os imunizantes teriam sido aplicados no Centro Municipal de Sa�de de Duque de Caxias (RJ).


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