
O presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) cobrou do PT, nesta segunda-feira (16), fidelidade nas discuss�es do arcabou�o fiscal apresentado pelo ministro Fernando Haddad (Fazenda).
Durante reuni�o do coordena��o do governo, Lula afirmou que o partido do presidente n�o poderia se opor a uma proposta apontada como crucial para o sucesso de sua administra��o.
Segundo participantes, Lula reproduziu argumento apresentado na semana passada pelo presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), de que n�o seria poss�vel exigir apoio de outros partidos, at� mesmo da base, sem o endosso do PT � proposta.
No fim da noite, ap�s uma reuni�o da qual Haddad saiu aplaudido, a Executiva do PT acenou com apoio � aprova��o do marco no Congresso Nacional, comprometendo-se a n�o apresentar emendas ao texto avalizado pelo governo.
O desfecho encerra uma negocia��o iniciada na semana passada e arrematada por uma articula��o de Haddad e o ministro das Rela��es Institucionais, Alexandre Padilha, sob a supervis�o de Lula.
Ap�s a cobran�a do presidente, a bancada do PT participou de uma reuni�o virtual com o secret�rio de Pol�tica Econ�mica da Fazenda, Guilherme Mello -de quem ouviu uma mensagem de otimismo.
Falando em nome do Minist�rio da Fazenda, Melo afirmou que h� expectativa de crescimento da ordem de 2,6% para o ano que vem -o que seria uma boa perspectiva para a atividade, em meio aos temores de membros do partido de que � necess�rio liberar mais gastos para n�o deixar a economia arrefecer. O economista ainda minimizou o risco de descumprimento de metas fixadas no arcabou�o fiscal.
� noite, foi a vez de Haddad se reunir com integrantes da executiva e da bancada petista. Na reuni�o, o ministro disse que o governo aumentou a arrecada��o sem penalizar a popula��o pobre.
Ele reiterou a orienta��o de Lula pela preserva��o da pol�tica de valoriza��o do sal�rio m�nimo. Ainda segundo participantes, Haddad disse que a previs�o de gatilhos n�o dever� ser aplicada tal como circula nos bastidores.
A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que o partido n�o se manifestaria sem conhecer o relat�rio a ser apresentado pelo deputado Cl�udio Cajado (PP-BA), relator do arcabou�o.
Gleisi disse n�o ver problemas na ado��o de gatilhos desde que em car�ter facultativo, como previsto na constitui��o para estados.
"Nossa posi��o � de apoio � proposta que veio do governo. O PT n�o faltar� ao governo. O que a gente quer � um relat�rio que desfigure menos a proposta".
Gleisi disse duvidar que Lula tenha enquadrado o partido, por estimular o debate interno. Ela disse ainda que era importante dizer que a "bancada tem apoio ao projeto do governo".
A presidente do PT ainda elencou cinco preocupa��es do PT no desenho final que sair� das m�os do relator: modelo de gatilhos, contingenciamentos, aumento de puni��es, responsabiliza��o criminal e redu��o da banda de investimentos.