
Esta � a terceira vez que ele presta esclarecimentos �s autoridades policiais neste ano. A primeira oitiva foi em 5 de abril, a respeito do caso das joias recebidas de autoridades da Ar�bia Saudita, e a segunda em 26 de abril, sobre os ataques golpistas de 8 de janeiro.
O ex-ajudante de ordens Cid, apesar de n�o integrar oficialmente a equipe de assessores a que Bolsonaro tem direito como ex-presidente, � considerado o bra�o direito dele por sua fidelidade e proximidade.
Na semana passada, o advogado Rodrigo Roca deixou a defesa de Cid e foi substitu�do por Bernardo Fenelon, que tem publica��es sobre dela��o premiada.
De acordo com a Pol�cia Federal, os alvos da investiga��o s�o suspeitos de realizar inser��es de informa��es falsas no sistema da Sa�de entre novembro de 2021 e dezembro de 2022. O objetivo era que os benefici�rios pudessem emitir certificado de vacina��o para viajar aos Estados Unidos.
Na segunda-feira (15), desembarcaram em Bras�lia dois advogados de Bolsonaro, Daniel Tesser e Paulo Cunha Bueno, acompanhados pelo ex-chefe da Secom (Secretaria Especial de Comunica��o Social) F�bio Wajngarten. Eles atuaram na prepara��o de Bolsonaro para o depoimento e devem acompanh�-lo no encontro com os investigadores da PF.
Segundo interlocutores, a principal tese da defesa ser� negar qualquer rela��o com a adultera��o do cart�o de vacina de Bolsonaro.
Al�m de alegar quest�es ideol�gicas antivacina, que aliados alegam ter "custado" a reelei��o, Bolsonaro deve refor�ar que ele n�o teve conhecimento de fraude. Ele tamb�m deve dizer que n�o acessou e imprimiu seu cart�o de vacina.
O pr�prio Bolsonaro afirmou, no dia da opera��o, que n�o se vacinou.
"N�o tomei a vacina. Nunca me foi pedido cart�o de vacina [para entrar nos EUA]. N�o existe adultera��o da minha parte. N�o tomei a vacina, ponto final. Nunca neguei isso. Havia gente que me pressionava para tomar, natural. Mas n�o tomava, porque li a bula da Pfizer", disse o ex-presidente.
As vacinas contra a Covid, como a da Pfizer, s�o seguras e tiveram sua efic�cia comprovada em estudos cient�ficos. Foram aplicadas mais de 6 bilh�es de doses em todo o mundo.
Outro ponto levantado pela defesa de Bolsonaro � o fato de que o ent�o presidente n�o esteve no Pal�cio do Planalto nos dias em que o seu cart�o de vacina foi acessado no sistema do SUS por meio de um endere�o IP da Presid�ncia da Rep�blica.
No �ltimo dia 3, o ex-chefe do Executivo foi intimado a depor durante mandado de busca e apreens�o cumprido em sua resid�ncia em Bras�lia. A defesa disse na ocasi�o que ele n�o iria e que aguardava acesso aos autos antes de remarcar o depoimento.
O relator do caso no STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Alexandre de Moraes, autorizou acesso aos autos dias depois da opera��o. A partir de segunda (8), advogados de Bolsonaro se revezaram para ler as de p�ginas do inqu�rito.