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Estado de Minas CONGRESSO NACIONAL

C�mara instala CPIs do MST, apostas de jogos e fraude na Americanas

Comiss�es tem 120 dias para investigar invas�es de terra, manipula��o de resultados no futebol brasileiro e suspeita de fraude na rede varejista


18/05/2023 04:00 - atualizado 18/05/2023 07:26
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Escolha do ex-ministro Ricardo Salles como relator da CPI do MST causou controvérsia na Câmara
Escolha do ex-ministro Ricardo Salles como relator da CPI do MST causou controv�rsia na C�mara (foto: SERGIO LIMA/AFP)

Bras�lia – A C�mara dos Deputados instalou ontem tr�s comiss�es parlamentares de inqu�rito (CPIs) para investigar a atua��o do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), a manipula��o do resultado de partidas em apostas esportivas e a situa��o financeira das lojas Americanas.
 
Os colegiados devem concluir seus trabalhos no prazo de 120 dias, prorrog�veis por mais 60 dias, se assim decidir a maioria de seus membros. A comiss�o que vai investigar as invas�es do MST ser� presidida pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e ter� a relatoria do deputado Ricardo Salles (PL-SP).
 
 
Ele ressaltou que “o Brasil precisa ter um ambiente de neg�cios equilibrado, mas n�o pode permitir qualquer tipo de fraude que possa arranhar a imagem do Brasil no que diz respeito � economia”.

O relator da CPI das Apostas Esportivas, Felipe Carreras defendeu a regulamenta��o do mercado de apostas e afirmou que � preciso punir de forma exemplar os envolvidos.
 
“Vamos exigir que exista, o mais r�pido poss�vel uma regulamenta��o e leis. Hoje, temos essa atividade funcionando numa zona cinzenta, com sites hospedados fora do pa�s, que n�o arrecada nada. A gente precisa arrecadar, regular, fiscalizar e punir as empresas que est�o trabalhando de forma ilegal.”
 
 
Carreras disse que j� conversou com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), sobre a regulamenta��o, e que a proposta em discuss�o pelo governo Luiz In�cio Lula da Silva (PT) pode ser enviada ao Congresso via medida provis�ria ou projeto de lei com urg�ncia. Segundo ele, “para a C�mara o efeito � o mesmo”.
 
“A gente vai legislar, vai aprovar”, declarou � imprensa. Carreras � autor do requerimento de cria��o da CPI e l�der do bloco da sigla do presidente da C�mara, Arthur Lira (PP-AL), o maior da Casa.

A CPI das Apostas Esportivas ganhou for�a com a Opera��o Penalidade M�xima, do Minist�rio P�blico de Goi�s, que investiga a poss�vel manipula��o de resultados de partidas. Carreras afirmou que deve ir � Goi�nia nos pr�ximos dias para conversar com o Minist�rio P�blico e que os alvos da investiga��o devem ser convocados. O relator tamb�m citou as casas de apostas e a Confedera��o Brasileira de Futebol.

O deputado federal Julio Arcoverde (PP-PI), ex-presidente do River Atl�tico Clube, do Piau�, foi eleito presidente da CPI. O deputado Andr� Figueiredo (PDT-CE), l�der do PDT, ser� vice-presidente. Os primeiros convocados pela CPI ser�o definidos na pr�xima ter�a. “Este caso veio � tona por conta de um jogo da s�rie B, mas j� tomou propor��es bem maiores”, disse Arcoverde. “Isso tem que ser esclarecido e os respons�veis severamente punidos. A CPI � oportuna e surge como instrumento que facilitar� a investiga��o desses fatos.”

A lista de integrantes da CPI inclui ainda os deputados federais Eduardo Bandeira de Mello (PSB-RJ), ex-presidente do Flamengo, e Maur�cio do V�lei (PL-MG), ex-jogador da sele��o brasileira de v�lei. A comiss�o � formada por 34 titulares e 34 suplentes. Os principais n�cleos do esquema das apostas s�o os seguintes: cinco pessoas faziam as apostas, seguindo o que foi combinado com jogadores, e coletavam os ganhos; eram tr�s investidores que bancavam o esquema; Os intermediadores eram respons�veis por encontrar e cooptar os jogadores.

Pol�mica

A atribui��o da relatoria a Ricardo Salles na CPI do MST, como ex-ministro do Meio Ambiente no governo de Jair Bolsonaro, gerou questionamento da deputada S�mia Bomfim (Psol-SP). Segundo ela, o regimento impede parlamentares de relatar mat�ria quando h� interesses pessoais envolvidos. Ela sustentou que Salles tem interesse econ�mico relacionado � pauta, em raz�o de ter entre seus financiadores usineiros e madeireiros, al�m de interesses ideol�gicos, tendo em vista que fez campanha contra o ativismo rural.

“Quando foi candidato a deputado federal em 2018, Salles fez campanha baseada na criminaliza��o do MST. Na �poca, ele foi investigado porque dizia abertamente que iria fuzilar os militantes do movimento”, disse a parlamentar, que teve questionamento rejeitado pelo presidente do colegiado. Salles disse que vai trabalhar “com m�ximo de abertura para o di�logo” e que espera poder contar com a ajuda daqueles que representam uma vis�o favor�vel aos movimentos e � reforma agr�ria.


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