
“Eu sonho com que a gente tenha uma moeda, entre nossos pa�ses, para que a gente possa fazer neg�cio sem ficar dependendo do d�lar, at� porque, com o d�lar, s� um pa�s tem a m�quina de rodar d�lar e esse pa�s faz o que quiser. Eu sonho que o Brics possa ter uma moeda, como a Uni�o Europeia construiu o Euro, por isso eu acredito que a gente tem que avan�ar”, disse Lula ao lado de Maduro.
Lula sugeriu que a Venezuela pague suas importa��es com a moeda chinesa, o yuan, e criticou as san��es econ�micas impostas pelos Estados Unidos, que considerou at� mais brutal do que um conflito armado.
“O Maduro, por exemplo, n�o tem d�lar para pagar as suas importa��es. Quem sabe ele come�a a pagar em yuan? Quem sabe a gente pode receber em moeda de outro pa�s para que a gente possa trocar? � culpa dele? N�o, � culpa dos Estados Unidos, que fez um bloqueio extremamente exagerado. Eu sempre acho que um bloqueio � pior do que uma guerra, porque na guerra, normalmente, morre soldado que est� em batalha, mas o bloqueio mata crian�as, mata mulheres, mata pessoas que n�o t�m nada a ver com a disputa ideol�gica que est� em jogo”, apontou Lula.
Brics
Maduro, que vem adotando um discurso menos agressivo em rela��o aos Estados Unidos desde que retomou as negocia��es para o fim dos embargos e a retomada da venda do petr�leo, evitou citar o pa�s e falou sobre o interesse venezuelano em participar do bloco Brics (composto pelo Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul).
“Temos conversado sobre o papel do Brics e seu surgimento frente � nova geopol�tica mundial (...) Junto ao Brics n�s vemos no �mbito geopol�tico um elemento que pode nos fazer avan�ar, a uni�o de cinco pa�ses muito poderosos, o Brasil, a China, a �ndia, �frica do Sul e a R�ssia, cinco pa�ses poderosos. Agora, o Brics est� se transformando em um grande im� daqueles que buscam um mundo de paz e de coopera��o”, disse Maduro.
Lula apontou ainda que a posi��o do Brasil ser� de apoiar o pleito da Venezuela de ingresso no grupo. “N�s vamos discutir, pois n�o depende do Brasil, depende da vontade de todos. Se houver um pedido oficial, esse pedido ser� oficialmente levado para o Brics e l� n�s decidiremos. Eu sou favor�vel”, disse.
