
Cinco venezuelanos que moram no Brasil seguraram faixas contra a presen�a do presidente Nicol�s Maduro, que foi o primeiro chefe de Estado a chegar ao pa�s, na noite de domingo (28/5). Ele teve agenda ontem com o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT). O grupo questiona a recep��o dada a Maduro e a pauta da reuni�o bilateral, que se concentrou na compra de energia da Venezuela pelo Brasil.
“A presen�a (de Maduro) insulta a mem�ria das v�timas que j� morreram nesses anos todos por exercerem o direito de protesto, por tentarem reverter uma situa��o penosa no nosso pa�s. A gente n�o entende como um pa�s como o Brasil abre a porta para um ditador”, disse ao Correio Gabriela Alvarez, que mora em Bras�lia desde 2009. Ela reclama que, com 400 mil venezuelanos no Brasil, “ele seja recebido com honras e at� seja justificada sua presen�a aqui”.
Segundo ela, “at� a corte penal internacional conhece os fatos, a tortura sistem�tica dos presos pol�ticos, repress�o da liberdade de express�o na Venezuela e tamb�m o desrespeito ao nosso direito de ter elei��es livres, transparentes e justas”.
Ela questiona ainda que o tema da imigra��o n�o esteve presente na agenda de Maduro e que o governo venezuelano considere vender energia quando n�o � autossuficiente no setor.
Construtores da Itaipu
Tamb�m se manifestaram em frente ao Itamaraty trabalhadores paraguaios que atuaram na constru��o da Hidrel�trica de Itaipu, e que exigem direitos que n�o foram pagos pelo Paraguai h� 33 anos. O presidente do pa�s, M�rio Abdo Ben�tez, � um dos integrantes da c�pula que se re�ne com Lula.
“Essa reivindica��o social e laboral n�s estamos levando h� 33 anos. E n�o fomos reconhecidos at� agora. Os trabalhadores brasileiros foram indenizados, receberam 22 benef�cios sociais, laborais, e, no Paraguai, nenhum benef�cio foi pago”, contou o engenheiro ambiental Francisco Rolon, que preside a associa��o dos trabalhadores.
Parte do grupo realiza um protesto h� 130 dias em frente � usina, e chegaram a fechar a Ponte da Amizade, que liga Foz do Igua�u a Ciudad del Este. No ano passado, M�rio Ben�tez vetou um projeto do Congresso paraguaio que fixava a indeniza��o a 15 mil ex-construtores em valor equivalente a R$ 5 bilh�es.
“Na luta, n�s trouxemos at� aqui para ver se o presidente, o companheiro Lula, nos d� uma for�a, tendo em vista que a identidade da empresa � binacional. Os s�cios s�o os governos brasileiro e paraguaio”, disse Rolon.
“Na luta, n�s trouxemos at� aqui para ver se o presidente, o companheiro Lula, nos d� uma for�a, tendo em vista que a identidade da empresa � binacional. Os s�cios s�o os governos brasileiro e paraguaio”, disse Rolon.