
Segundo a entrevista registrada pela revista Veja, Bolsonaro declarou que a vida pol�tica “est� no sangue”. “N�o � f�cil voc� ser presidente da Rep�blica, governador, prefeito, chefe de Executivo. Eu n�o gostaria que minhas portas fossem fechadas para o futuro na pol�tica”, disse o ex-chefe do executivo.
Bolsonaro tamb�m lembrou que est� aposentado da C�mara dos Deputados e que recebe um sal�rio do Partido Liberal (PL), onde ele � presidente honor�rio da legenda. "Mas gostaria, se pudesse, colaborar no futuro com um mandato de senador ou como futuro candidato � Presid�ncia da Rep�blica, eu gostaria”, afirmou.
Ainda na quinta-feira o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Benedito Gon�alves, relator do caso mais avan�ado que pode levar Bolsonaro a inelegibilidade, liberou a a��o para ser julgada no plen�rio da corte. O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, ainda precisa agendar a sess�o, o que n�o vai ocorrer na pr�xima semana porque a pauta do tribunal j� foi definida.
O que pode levar Bolsonaro � inelegibilidade?
O ex-presidente � acusado pelos ataques que fez ao processo eleitoral e �s urnas eletr�nicas durante uma reuni�o com embaixadores, no dia 18 de julho de 2022. A pr�tica pode ser considerada abuso de poder pol�tico no �mbito da lei eleitoral, ou seja, quando ocorre situa��es em que o acusado se vale de sua posi��o e se utiliza de bens p�blicos para agir de modo a influenciar o eleitor.
O encontro foi transmitido em rede nacional pela TV e Internet, nos canais oficiais do governo.
No dia 12 de abril o Minist�rio P�blico Eleitoral (MPE) se manifestou favor�vel � inelegibilidade de Bolsonaro. O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, concorda com a proced�ncia da a��o. A manifesta��o do MPE foi a �ltima fase da a��o da investiga��o judicial eleitoral, antes de poder ser elaborado o voto do relator.
Caso o tribunal forme maioria para condenar Bolsonaro, o ex-presidente vai ficar ineleg�vel por oito anos. A corte tem sete ministros, sendo que tr�s s�o escolhidos entre os ju�zes que integram o STF, dois que atuam no Superior Tribunal de Justi�a (STJ) e outros dois escolhidos pelo presidente a partir da lista encaminhada pela suprema corte.
Na �ltima ter�a-feira (30/5), o presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) indicou dois novos ministros para o tribunal eleitoral. Floriano de Azevedo Marques Neto vai ocupar a vaga deixada por S�rgio Banhos e Andr� Ramos Tavares entra no lugar de Carlos Horbach, pelos pr�ximos dois anos.