Presidente da Comiss�o Europeia para Lula: 'Voc� trouxe o Brasil de volta'

A presidente da Comiss�o Europeia, Ursula von der Leyen, teceu elogios a Luiz In�cio Lula da Silva (PT), em encontro com o presidente do Brasil nesta segunda-feira (12/8), no Pal�cio do Planalto, em Bras�lia.

Para Ursula, Lula "trouxe o Brasil de volta ao cen�rio mundial". "Vamos respirar uma nova vida � nossa parceria. Primeiramente, com uma coordena��o mais forte em a��es clim�ticas, de com�rcio e energias renov�veis. Tamb�m expressei nosso apre�o pela condena��o do Brasil quanto � participa��o da R�ssia na Ucr�nia", destacou ela.

O encontro entre Lula e Ursula durou cerca de uma hora. O presidente brasileiro exp�s as preocupa��es do pa�s com "o instrumento adicional ao acordo apresentado pela Uni�o Europeia em mar�o deste ano, que amplia as obriga��es do pa�s e as torna objeto de san��es em caso de descumprimento".

"A premissa que deve existir entre parceiros estrat�gicos � a da confian�a m�tua e n�o de desconfian�a e san��es. Em paralelo, a Uni�o Europeia aprovou leis pr�prias com efeitos extraterritoriais e que modificam o equil�brio do acordo. Essas iniciativas representam restri��es potenciais �s exporta��es agr�colas e industriais do Brasil", afirmou Lula.

No caso, ele se referia � norma aprovada pelo Parlamento Europeu, em abril, que pro�be a venda no continente de produtos oriundos de desmatamento em florestas.

H� uma lista de produtos prim�rios na lei: gado, madeira, soja, caf�, cacau, borracha e dend�. Qualquer outro produto que seja alimentado (no caso da soja, por exemplo) ou derivado dessas commodities tamb�m est�o contemplados no texto, como couro, chocolate, m�veis, carv�o vegetal, produtos de papel impresso e derivados de �leo de palma.

'Imposs�vel de aceitar'

Em entrevista no fim de abril, Lula j� havia dito que a atual proposta era imposs�vel de aceitar.

Os europeus buscaram estabelecer requisitos sustent�veis mais duros, que apresentaram no in�cio deste ano. O acordo tem padr�es de sustentabilidade que n�o s�o vinculantes (ou seja, obrigat�rios), por isso os blocos est�o negociando o termo adicional, chamado de "side letter", que torna esses compromissos ambientais uma exig�ncia.