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Estado de Minas GOVERNO

Uni�o Europeia anuncia R$ 100 milh�es para o Fundo Amaz�nia

Ursula von der Leyen confirma interesse do bloco em fechar acordo com Mercosul, mas Lula critica poss�veis san��es


13/06/2023 04:00 - atualizado 13/06/2023 07:46
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Lula recebeu Ursula von der Leyen, no Palácio do Planalto, para discutir temas de interesse comum
Lula recebeu Ursula von der Leyen, no Pal�cio do Planalto, para discutir temas de interesse comum (foto: EVARISTO S�/AFP)

Bras�lia - A presidente da Comiss�o Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou, ontem, que a Uni�o Europeia doar� 20 milh�es de euros (cerca de R$ 100 milh�es) para o Fundo Amaz�nia, al�m das contribui��es que est�o sendo feitas individualmente por diversos pa�ses. O an�ncio ocorreu ap�s reuni�o da alem� com o presidente Luiz In�cio Lula da Silva, no Pal�cio do Planalto. Segundo Ursula, a comiss�o acolhe a lideran�a de Lula em quest�es clim�ticas e de biodiversidade.
 
Al�m dos recursos para o fundo, o plano de investimento internacional da Uni�o Europeia prev� o repasse de mais de 400 milh�es de euros para a��es de combate ao desmatamento e ao uso inadequado da terra na Amaz�nia.

“A Amaz�nia � uma maravilha da natureza e � aliada fundamental contra aquecimento global”, disse a presidente da comiss�o.

Entre outras a��es, o plano europeu tamb�m vai apoiar a produ��o brasileira de hidrog�nio verde com 2 bilh�es de euros, para promover a efici�ncia energ�tica na ind�stria. No total, o plano prev� investimentos de 10 bilh�es de euros da Uni�o Europeia em toda Am�rica Latina e Caribe, complementados por recursos de pa�ses-membros e da iniciativa privada.

Lula destacou que a Uni�o Europeia � o segundo maior parceiro comercial do Brasil, com uma corrente de com�rcio que pode ultrapassar a marca de US$ 100 bilh�es em 2023. O Brasil tamb�m � o maior destino do investimento estrangeiro direto dos pa�ses da Uni�o Europeia na Am�rica Latina, que se concentram nos setores de manufatura, infraestrutura digital e servi�os.
 
 
Um dos temas centrais do encontro de ontem foi o acordo Mercosul-Uni�o Europeia. Lula criticou, novamente, o instrumento adicional ao acordo apresentado pela Uni�o Europeia em mar�o deste ano, que amplia as obriga��es do Brasil e as torna objeto de san��es em caso de descumprimento. “A premissa que deve existir entre parceiros estrat�gicos � a da confian�a m�tua e n�o de desconfian�a e san��es. Em paralelo, a Uni�o Europeia aprovou leis pr�prias com efeitos extraterritoriais e que modificam o equil�brio do acordo. Essas iniciativas representam restri��es potenciais �s exporta��es agr�colas e industriais do Brasil”, disse Lula.

A presidente da Comiss�o Europeia disse que h� todo o interesse em finalizar o acordo Mercosul-Uni�o Europeia ainda este ano. Segundo ela, o acordo h� de render vantagens para ambos os lados, criar condi��es para fluir investimentos, respaldar a reindustrializa��o do Brasil, integrar cadeias de suprimentos e aumentar competitividade da ind�stria. Para Ursula, n�o � s� um acordo comercial, mas uma plataforma para di�logo e engajamento de longo prazo.

''Este acordo (UE-Merconsul) deve ir muito al�m do com�rcio. Deve representar um engajamento de longo prazo e uma plataforma para o di�logo cont�nuo''

Ursula von der Leyen, presidente da Comiss�o Europeia

 
“Este acordo deve ir muito al�m do com�rcio. Deve representar um engajamento de longo prazo e uma plataforma para o di�logo cont�nuo”. Ela tamb�m parabenizou o Brasil pela escolha de Bel�m-PA como sede da COP 30, em 2025, e declarou que “a Uni�o Europeia est� disposta a cumprir todas as obriga��es que emanam das COPs (confer�ncias do clima)”, disse a executiva alem�.

De acordo com o governo, a recep��o de Lula a Ursula faz parte da retomada das rela��es do Brasil com a Uni�o Europeia. Em 17 de fevereiro, os dois j� haviam conversado por telefone. Al�m do interesse m�tuo de combate ao desmatamento e �s consequ�ncias das mudan�as clim�ticas, eles refor�aram as possibilidades de parcerias econ�micas entre Brasil e Uni�o Europeia. Para Lula, � preciso formar parcerias para o desenvolvimento sustent�vel. Segundo o presidente, Europa e os Estados Unidos voltaram a reconhecer, “ap�s ciclos de liberalismo exagerado”, a import�ncia da a��o do Estado em pol�ticas industriais.

“Programas bilion�rios de subs�dios foram adotados nos pa�ses desenvolvidos em favor da reindustrializa��o. O Brasil, que sofreu um grave processo de desindustrializa��o, tem ambi��es similares. Por isso, o Brasil manter� o poder de conduzir as pol�ticas de fomento industrial por meio do instrumento das compras p�blicas. Unir capacidades em mat�ria de pesquisa, conhecimento e inova��o � igualmente decisivo como resposta ao desafio de gerar empregos e distribuir renda”, disse. Lula citou ainda iniciativas na �rea de tecnologias da informa��o, regula��o do espa�o digital, 5G e semicondutores.

O avan�o nas tratativas para um potencial acordo de paz entre Ucr�nia e R�ssia tamb�m fizeram parte das conversas desta segunda-feira. Ursula concorda que os impactos da guerra v�o al�m das fronteiras ucranianas e disse que a Europa tamb�m quer uma paz duradoura e justa.

Lideran�a 


Em seu discurso, Ursula van der Leyen destacou ainda a volta do Brasil como um ator internacional e a lideran�a global do presidente. Segundo ela, a Uni�o Europeia deseja elevar suas parcerias na Am�rica Latina a um novo patamar, com um programa de investimentos da ordem de 10 bilh�es de euros. Isso tamb�m deve ser a t�nica na quest�o ambiental.
 
“O problema global que mais nos faz unir for�as � mesmo a mudan�a clim�tica. Ouvi seu discurso inspirador na COP27 e a sua lideran�a na �rea clim�tica � muito bem-vinda. Discutimos a floresta amaz�nica, que � uma pe�a importante contra o aquecimento global, e por isso queremos contribuir com 20 milh�es de euros para o Fundo Amaz�nia, al�m das contribui��es individuais dos pa�ses-membros”, declarou.
 
 
Ela tamb�m destacou o fato de que o Brasil tem uma matriz energ�tica de fontes predominantemente limpas e afirmou que o bloco ir� investir 2 bilh�es de euros na produ��o de hidrog�nio verde no pa�s.

Sobre a guerra na Ucr�nia, Lula ressaltou que tem trazido o tema das negocia��es de paz com os vizinhos da Am�rica do Sul e com pa�ses n�o envolvidos no conflito, como �ndia e Indon�sia, e que voltar� a tratar do assunto em suas visitas oficiais � Fran�a, � It�lia e ao Vaticano e na pr�xima c�pula do Brics, f�rum de que a R�ssia tamb�m participa. Ursula declarou ter “grande admira��o pela forma” como Lula defende o direito internacional e a Carta da ONU em suas declara��es internacionais”. E salientou que “a Europa est� de acordo sobre a necessidade de uma paz negociada entre a R�ssia e Ucr�nia”.
 


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