
O texto acrescenta que o celular do ex-assessor havia se tornado muitas vezes em uma "simples caixa de correspond�ncia" para as "mais diversas lamenta��es".
"Os novos di�logos revelados pela revista Veja comprovam, mais uma vez, que o presidente Bolsonaro jamais participou de qualquer conversa sobre um suposto golpe de Estado", afirma a nota assinada pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Tesser e F�bio Wajngarten.
"Registramos, ainda, que o ajudante de ordens, pela fun��o exercida, recebia todas as demandas —pedidos de agendamento, recados, etc— que deveriam chegar ao presidente da Rep�blica. O celular dele, portanto, por diversas ocasi�es se transformou numa simples caixa de correspond�ncia que registrava as mais diversas lamenta��es", conclui a nota.
O conte�do divulgado nesta sexta-feira mostra que uma das pessoas que manteve di�logo com Mauro Cid foi o coronel do Ex�rcito Jean Lawand Junior, recentemente designado para representa��o diplom�tica do Brasil nos Estados Unidos, em Washington. O Comando do Ex�rcito decidiu nesta sexta anular a nomea��o do militar.
"Cid�o, pelo amor de Deus, cara. Ele [Bolsonaro] d� a ordem que o povo t� com ele, cara. Se os caras n�o cumprir, o problema � deles. Acaba o Ex�rcito Brasileiro se esses cara n�o cumprir a ordem do, do Comandante Supremo. Como � que eu vou aceitar uma ordem de um General, que n�o recebeu, que n�o aceitou a ordem do Comandante. Pelo amor de Deus, Cid�o. Pelo amor de Deus, faz alguma coisa, cara. Convence ele a fazer", disse Lawand em um dos �udios, segundo transcri��o da PF.
Mauro Cid
No celular do ex-assessor de Bolsonaro h� ainda material com a tese do advogado e professor em�rito da Universidade Mackenzie Ives Gandra Martins, segundo a qual o artigo 142 da Constitui��o permitiria uma interven��o das For�as Armadas em caso de conflito entre os tr�s Poderes.
Ao UOL, Ives Gandra negou que tenha contribu�do para ideias golpistas. Ele disse que o conte�do encontrado no celular de Cid foi preparado em 2017.