Ela quer explica��es sobre as blitze ocorridas em rodovias federais em 30 de outubro, data do segundo turno das elei��es. Na ocasi�o, a PRF fez intensas opera��es, sobretudo na Regi�o Nordeste, que concentra a maior parte dos eleitores do ent�o candidato � Presid�ncia Luiz In�cio Lula da Silva.
Em v�deos, eleitores do petista afirmavam que agentes da PRF pararam carros e �nibus que faziam refer�ncia ao candidato. � �poca, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou que Vasques encerrasse as blitze.
Vasques � alvo de uma a��o do Minist�rio P�blico Federal (MPF) sobre as blitze e � r�u na Justi�a Federal do Rio de Janeiro por improbidade administrativa, por pedir votos para o ent�o presidente Jair Bolsonaro, candidato � reelei��o, enquanto chefiava a PRF. O objetivo da CPMI ao ouvi-lo � investigar atos antidemocr�ticos que possam ter rela��o pr�via com o 8 de janeiro.
Al�m do depoimento, o caso envolvendo o senador Marcos do Val (Podemos-ES), integrante da comiss�o, deve ser um dos principais focos de discuss�o. Na �ltima quinta-feira, o parlamentar foi alvo de opera��es de busca e apreens�o da Pol�cia Federal em seu gabinete, no Senado, e nas resid�ncias em Bras�lia e Vit�ria. Ele � investigado por cinco crimes, entre os quais, o de golpe de Estado e de divulga��o de documentos sigilosos - ambos relacionados aos atos golpistas.
"Acho que � muito temer�ria a continuidade do Marcos do Val na CPMI. Tem contra ele a investiga��o e isso cria uma instabilidade muito grande. V�rios colegas apresentaram quest�es de ordem nesse sentido", disse Eliziane, em entrevista ao Correio publicada no domingo.
O quarto dia de CPMI deve, tamb�m, ter vota��o de requerimentos, entre eles, a convoca��o do coronel Jean Lawand J�nior, que trocou mensagens de cunho golpista com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Dados do celular de Cid mostram conversas com Lawand, indicando suposta prepara��o de um golpe de Estado ap�s a derrota de Bolsonaro para Lula nas urnas.
A comiss�o tamb�m votar� um novo requerimento para receber o ex-ministro do Gabinete de Seguran�a Institucional (GSI) de Lula, general Gon�alves Dias. Na semana passada, a comiss�o aprovou a ida do ex-ministro da Justi�a Anderson Torres e de Mauro Cid, mas rejeitou a convoca��o de GDias. Por�m, o senador Sergio Moro (Uni�o-PR) protocolou um novo requerimento nesse sentido, e o presidente da CPMI, Arthur Maia (Uni�o-BA), colocou na pauta desta ter�a-feira.
Repercuss�o
Ante todos os temas que ser�o debatidos na CPMI, o deputado federal Rog�rio Correia (PT-MG) afirmou que o foco do governo vai ser em ouvir o que Vasques tem a dizer e "deixar as confus�es para depois". O parlamentar mineiro questionou ainda a quantidade de requerimentos no dia de um depoimento que considera importante, principalmente o convite a Gon�alves Dias na reuni�o seguinte a que um mesmo requerimento foi rejeitado.
"Primeiro, tem que ouvir o Silvinei, deixar as confus�es para depois. E o fundamental � iniciar com ele. Primeiro, ouvir o depoimento e, depois, analisar as quest�es pendentes de requerimentos. Ali�s, n�o sei por que o presidente pautou para amanh� (esta ter�a-feira) sabendo que tem esse depoimento importante", questionou. "O que se tem pressa para aprovar requerimentos s�o esses que tentaram golpe, como o do coronel Lawand, e acertar para trazer, de uma vez, o Mauro Cid e o Anderson Torres."
Integrante da oposi��o e ex-ministra de Bolsonaro, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) afirmou que Silvinei "n�o errou" durante as elei��es, dar� respostas positivas a todos os questionamentos e vai "cessar" as d�vidas com rela��o � PRF. Sobre a convoca��o de Gon�alves Dias, a senadora afirmou que, desta vez, o requerimento deve ser aprovado.
"Requerimento do general GDias, eu acho que passa. Acredito que todos da comiss�o estejam percebendo que n�o tem como investigar o que aconteceu sem esse depoimento. A CPMI tem um objetivo claro: os atos do dia 8 de janeiro. N�o tem como investigar o que aconteceu no dia 8 de janeiro sem a aprova��o do requerimento do Gon�alves Dias. N�o tem como fugir disso, e ele tem de vir prestar esclarecimentos", disse a senadora.