
Zanin foi indicado para ocupar a vaga pelo ministro Ricardo Lewandowski, aposentado no dia 11 de abril. Formado em Direito pela PUC-SP, o advogado ganhou notoriedade atuando na defesa de Lula na Opera��o Lava-Jato. Foi ele quem acionou o STF pedindo o habeas corpus e a anula��o das senten�as do agora senador S�rgio Moro (Uni�o–PR), restabelecendo a liberdade e os direitos pol�ticos do petista, levando o ex-juiz a suspei��o.
A atua��o do advogado frente ao presidente foi uma das principais indaga��es dos senadores, assim como foi a principal cr�tica contra Zanin ao longo de todo o processo, com analistas afirmando que o princ�pio da impessoalidade foi quebrado na indica��o. A preocupa��o dos parlamentares se deu na possibilidade do advogado julgar casos envolvendo o presidente, argumentando que ele deveria, no m�nimo, se considerar suspeito.
Na sabatina o advogado afirmou que, com a portunidade de conviver com o presidente Lula, p�de compreender sua vis�o sobre os pap�is institucionais da rep�blica, inclusive sua vis�o sobre o papel do magistrado, mas que n�o ser� subordinado ao petista.
“Uma vez nomeado e aprovado por essa casa, vou me guiar exclusivamente pela constitui��o e pelas leis, sem qualquer tipo de subordina��o a quem quer que seja. Ent�o, na minha vis�o, e acredito que � a vis�o do presidente da rep�blica que me indicou, um ministro do Supremo Tribunal Federal s� pode estar subordinado a Constitui��o da Rep�blica”, declarou Zanin.
O senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) foi mais fundo no questionamento e lembrou uma fala de Lula, durante os debates de 2022, que dizia que o ministro deveria ser escolhido por compet�ncia e n�o por amizade. “O v�nculo que une vossa excel�ncia e o Presidente da Rep�blica extrapola o mero conhecimento pessoal do seu curr�culo e da sua qualidade”, afirmou Vieira.
Zanin confirmou os anseios dos parlamentares de oposi��o, dizendo que respeitar� o impedimento em qualquer causa que tenha atuado como advogado. “Evidentemente que em todo processo que eu tenha atuado como advogado, seja qual for a parte que eu tenha patrocinado seus direitos e interesses, eu n�o poderei, se aprovado for por essa casa, julgar esses processos no Supremo Tribunal Federal. Afinal existe uma lei espec�fica que impede aquele que funcionou na causa, em qualquer posi��o, advogado, promotor ou qualquer outra, de vir a julgar esta causa’, respondeu Zanin.