
Com desempenho fraco nas urnas, o PDT imp�s derrotas em s�rie a Jair Bolsonaro (PL) em outro front: o da Justi�a Eleitoral.
Al�m disso, moveu 6 das 16 a��es que requerem o impedimento do ex-mandat�rio de pleitear cargos eletivos.
Entre elas, est� a que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) come�ou a julgar nesta quinta-feira (22), na qual o PDT afirma que Bolsonaro cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunica��o social em evento com embaixadores, quando o ent�o presidente fez ataques ao sistema eleitoral.
A defesa do ex-mandat�rio nega, diz que ele n�o falava como candidato e que buscava abrir uma discuss�o sobre o tema.
No meio jur�dico, parte do protagonismo do PDT na campanha eleitoral � atribu�da ao advogado nacional do partido, Walber Agra. "No direito eleitoral, ou tu tem feeling pol�tico, ou tu dan�a", disse ele � reportagem.
J� o advogado de Bolsonaro, Tarc�sio Vieira, atribuiu no julgamento desta quinta a atua��o do partido a uma tentativa de chamar a aten��o para seu candidato, Ciro Gomes --que obteve apenas 3,04% dos votos.
Veja abaixo reveses impostos pelo PDT a Bolsonaro na campanha eleitoral de 2022.
1) Derrubada de v�deo de reuni�o com embaixadores
O ent�o corregedor-geral da Justi�a Eleitoral, ministro Mauro Campbell, atendeu a pedido do PDT em 22 de agosto e determinou a remo��o de v�deos publicados nas contas de Bolsonaro no Instagram e no Facebook com imagens da reuni�o com embaixadores no Alvorada.
2) Retirada de outdoors em Bras�lia
Em 20 de setembro, a ministra C�rmen L�cia proferiu liminar solicitada pela sigla, ordenando a retirada de outdoors em vias de acesso ao Distrito Federal com slogans alusivos a Bolsonaro.
O ent�o presidente criticou a decis�o. "Pessoas do povo que botam uma bandeira na frente da sua propriedade, ou um outdoor, como temos visto pelo Brasil todo, um outdoor com a bandeira do Brasil: ‘Deus, p�tria, fam�lia e liberdade’ passou a ser para o TSE propaganda pol�tica", disse em entrevista � Record.
3) Veto a uso do discurso na ONU
Em 21 de setembro, o corregedor-geral da Justi�a Eleitoral, Benedito Gon�alves, proibiu a campanha de Bolsonaro de usar em suas propagandas imagens captadas durante o discurso do mandat�rio na abertura da Assembleia-Geral da ONU, ocorrida no dia anterior. A decis�o atendeu a pedido do PDT.
"A utiliza��o das imagens na propaganda eleitoral seria tendente a ferir a isonomia, pois faria com que a atua��o do chefe de Estado, em ocasi�o inacess�vel a qualquer dos demais competidores, fosse explorada para projetar a imagem do candidato", justificou o magistrado.
4) Veto a lives no Pal�cio da Alvorada
Em 24 de setembro, tamb�m em a��o movida pelo PDT, Gon�alves determinou que Bolsonaro deixasse de gravar e transmitir lives de cunho eleitoral no Pal�cio da Alvorada, sua resid�ncia oficial, e no Pal�cio do Planalto, sede do governo federal.
A decis�o, chamada de estapaf�rdia por Bolsonaro, foi depois confirmada pelo plen�rio do tribunal.