O assessor especial para assuntos internacionais da Presid�ncia da Rep�blica, o ex-chanceler Celso Amorim, afirmou nesta segunda-feira (26/6) que o restante do mundo n�o quer uma R�ssia enfraquecida, ap�s a crise enfrentada nos �ltimos dias pelo governo do l�der russo, Vladimir Putin.
"A gente n�o sabe ainda como vai se desdobrar. Evidentemente, temos todo o interesse que [a situa��o russa] volte � normalidade. N�o interessa a ningu�m uma R�ssia debilitada e enfraquecida. Acredito que v� voltar � normalidade", afirmou o diplomata brasileiro, durante cerim�nia no Pal�cio do Itamaraty.
A declara��o foi dada no Itamaraty, onde ocorre um almo�o em celebra��o dos 200 anos das rela��es diplom�ticas com a Argentina, na quarta visita do l�der argentino, Alberto Fern�ndez, ao Brasil.

Na sexta-feira (23/6), o l�der do grupo mercen�rio russo Wagner, Ievgu�ni Prigojin, usou suas redes sociais para desferir ataques contra o Minist�rio da Defesa e anunciar uma insurg�ncia na regi�o sul da R�ssia. A crise escalou no dia seguinte, tornando-se a maior rebeli�o militar em solo russo desde os anos 1990.
Putin ent�o acusou o l�der do principal grupo mercen�rio a servi�o do pa�s na Guerra da Ucr�nia de motim armado e determinou sua pris�o.Blindados foram vistos nas ruas de Moscou e de Rostov-do-Don, cidade no sul do pa�s onde os mercen�rios disseram ter sido atacados por for�as da Defesa na sexta (23). Em um ato inusual, a TV estatal interrompeu sua programa��o noturna para um boletim de not�cias sobre a crise.
Ao longo do dia, imagens mostraram Prigojin tomando o controle do quartel-general do Comando Militar do Sul, pe�a central na engrenagem da guerra, na qual o Wagner lutou e que agora � criticada pelo l�der.
No s�bado, no entanto, Prigojin aceitou os termos de um acordo com o Kremlin mediado pela ditadura da Belarus e ordenou que suas for�as a caminho de Moscou deem meia-volta e "retornem para suas bases".