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Estado de Minas CONGRESSO NACIONAL

Entenda como a vota��o da reforma tribut�ria est� abalando o PL

Bolsonaristas e deputados que ajudaram a aprovar a PEC, na madrugada de 6� feira, se desentendem em grupo de mensagens do partido


11/07/2023 08:20 - atualizado 11/07/2023 17:55
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Câmara dos Deputados
Grupo de WhatsApp do PL tem 'briga' por reforma tribut�ria (foto: Bruno Spada/C�mara dos Deputados )
A reforma tribut�ria, aprovada na semana passada na C�mara dos Deputados, abalou profundamente os alicerces do PL, contrapondo os parlamentares que votaram a favor e os que foram contra a proposta de emenda � Constitui��o (PEC). No grupo do WhatsApp do partido, deputados trocaram ofensas e o l�der da sigla na Casa, Altineu C�rtes (RJ), teve de suspender as mensagens "por alguns minutos, s� para acalmar os �nimos" - como afirmou sua assessoria ao Correio Braziliense.

Antes da vota��o, na quinta-feira passada, o partido orientou que seus parlamentares fossem contr�rios � reforma - o ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a classificar as altera��es no sistema tribut�rio como "do PT". A bancada de 99 deputados, a maior da C�mara, seguiu a determina��o. S� que, no primeiro turno, 20 votos foram favor�veis e, no segundo, 18 deram apoio � reforma.
 

Os principais envolvidos na troca de hostilidades no grupo de mensagens foram os deputados Gustavo Gayer (GO), Julia Zanatta (SC), Carlos Jordy (RJ) e Andr� Fernandes (CE) - contr�rios � reforma -, que cobraram explica��es dos colegas Vinicius Gurgel (AP), Luciano Vieira (RJ) e do licenciado Yuri do Pared�o (CE). De acordo com as mensagens, adiantadas pelo jornal O Globo, Gurgel, que divergiu da orienta��o da sigla, defendeu sua posi��o e reclamou dos "extremistas" - que estariam perseguindo os 20 que foram favor�veis � reforma.

Para se defender dos ataques, Gurgel teria exposto os epis�dios desagrad�veis de alguns dos radicais bolsonaristas. Lembrou, por exemplo, que Gayer respondeu a um processo na Justi�a por dirigir alcoolizado. J� os parlamentares que apoiaram a PEC foram chamados de "melancias traidores" - express�o que a extrema direita utiliza em refer�ncia aos "comunistas".

"N�o sei por que de tanto choro", publicou Zanatta no grupo. "Se tinham tanta certeza do voto, por que est�o se explicando at� agora?" Jordy refor�ou a mensagem da deputada: "Para mim est� muito claro: o PL n�o vai retroagir, o caminho � consolidar-se como o maior partido conservador, de direita, de oposi��o no Brasil. E aqueles que n�o aceitam essa posi��o devem sair".

J�nio Amaral (MG) foi al�m e insinuou que quem votou a favor da reforma teria algum interesse na aprova��o. "Essas tentativas de justificar o voto, aqui no grupo da bancada, fica parecendo que n�s, bolsonaristas, somos ot�rios para acreditar que se trata de um posicionamento verdadeiro a favor do texto. Como se ningu�m soubesse como funciona", provocou. Gurgel rebateu: "Amigo, pede minha expuls�o! Aqui n�o tem clima mais com voc�s!"
 

Altineu chegou a alertar aos envolvidos na troca de hostilidades que acionaria o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, para tentar encerrar o entrevero, que levou, inclusive, alguns parlamentares a amea�arem sair do partido.

O l�der da bancada, o presidente do partido, Bolsonaro e o assessor Braga Netto se re�nem, hoje, para tratar da quest�o, tendo em vista o interesse em manter os 99 deputados no guarda-chuva do PL, com vista �s elei��es municipais de 2024. A assessoria de Altineu, no entanto, negou ao Correio que o encontro seja para tratar do abalo na estrutura do partido - afirmou que tais encontros s�o semanais.

Maior bancada na C�mara, o PL concentra tamb�m a maior fatia do Fundo Partid�rio: R$ 205,8 milh�es, de um total de R$ 1,18 bilh�o a ser rateado entre as legendas. Esse dinheiro pode ser usado para financiar campanhas eleitorais, custear atividades rotineiras - como o pagamento de �gua, luz, aluguel e passagens a�reas - e sal�rios, como o de Bolsonaro.

O PL, por�m, pode abocanhar outra fatia consider�vel do fundo. O Projeto de Lei de Diretrizes Or�ament�rias (PLDO) de 2024, protocolado no Congresso em abril, deve destinar o mesmo valor das elei��es de 2022 para a de 2024: R$ 4,961 bilh�es.


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