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Estado de Minas MINISTRO DO TURISMO

'Uni�o foi o 2� partido que mais deu voto ao governo', diz Celso Sabino

Conduzido ao comando da pasta ap�s press�o da legenda sobre Lula, ministro afirma que a sigla s� ficou atr�s do PT nas vota��es de projetos de interesse do Executivo. Ele anuncia que, em setembro, vai lan�ar o plano de desenvolvimento do setor


19/07/2023 07:45 - atualizado 19/07/2023 07:49
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Ministro do Turismo Celso Sabino
H� menos de uma semana no cargo, o novo ministro do Turismo, Celso Sabino, j� percorreu a Esplanada em busca de ampliar os recursos para a sua pasta (foto: (Minervino J�nior/CB/D.A.Press))

H� menos de uma semana no cargo, o novo ministro do Turismo, Celso Sabino, j� percorreu a Esplanada em busca de ampliar os recursos para a sua pasta. Quer "mais de R$ 500 milh�es". Inicialmente, pediu � junta or�ament�ria do governo. Se n�o conseguir, tem o Congresso Nacional, em especial, os partidos do Centr�o, que o guindaram ao cargo em troca de votos no plen�rio da C�mara dos Deputados.

 

Essa parte, Sabino considera que j� est� cumprida. "O Uni�o Brasil foi o segundo partido que mais deu votos para o governo, depois do PT", diz ele.

 

Os votos vieram antes do Plano Nacional de Desenvolvimento do Turismo, que ele pretende lan�ar em setembro deste ano. Quanto � Embratur, j� esteve com o presidente da autarquia, Marcelo Freixo, e aguarda a decis�o do presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT).

 

"� o presidente que sabe o que � melhor para o turismo no Brasil", afirma, em entrevista ao Correio Braziliense  em seu gabinete. A seguir, os principais trechos.

 

Como est� a rela��o pol�tica? Todos dizem que ministro vai ter de trazer voto. Quantos votos o senhor pode ajudar o governo a obter no Congresso em projetos estrat�gicos e importantes?

 

Essa parte da articula��o pol�tica cabe ao ministro (Alexandre) Padilha. Aqui, cabe a n�s desenvolver o turismo. H� uma disposi��o muito grande dos parlamentares de melhorar sua interlocu��o, de participar das pol�ticas, de ajudar a construir os projetos normativos. Primeiro, � natural que os parlamentares tenham essa disposi��o, porque no mundo todo funciona dessa forma na composi��o dos Parlamentos.

 

O senhor foi chamado justamente porque a ministra Daniela Carneiro n�o estava trazendo o voto. Quando seu nome come�ou a ser ventilado, o pr�prio Uni�o Brasil ficou mais pr�ximo do governo. A pr�pria base atuou em prol do nome do senhor.

 

Tenho uma boa rela��o com os deputados do Uni�o Brasil, de outros partidos tamb�m. Tenho uma boa interlocu��o. Acredito que h� uma disposi��o maior ainda de continuar votando com os projetos que o partido entende como importantes para o Brasil.

 

Como tem feito. Se for pegar as vota��es na C�mara, o Uni�o Brasil foi o partido, nominalmente, que mais entregou voto nas vota��es que entendeu importante para o pa�s, s� ficou atr�s do PT. Se voc� pegar os votos nas vota��es do arcabou�o fiscal, reforma tribut�ria, reorganiza��o do minist�rios, Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais)

 

Na sua avalia��o, a rela��o est� boa e, daqui para a frente, tende a melhorar?

 

O Uni�o tem votado nas mat�rias que acha que s�o importantes para o Brasil. Muitas dessas mat�rias, quase todas elas, tamb�m foram propostas pelo governo.

 

Houve demanda sobre o minist�rio ficar com o Uni�o Brasil com porteira fechada. E a quest�o mais sens�vel envolve a Embratur e o seu presidente, Marcelo Freixo. Como est� essa situa��o?

 

Conversei com Freixo, ele esteve ontem aqui comigo. Falei com ele agora no telefone. Vamos nos falar na quinta-feira de novo. � uma pessoa com quem tenho uma �tima rela��o, assim como quase todos os deputados na C�mara. Seria muita prepot�ncia minha se eu entendesse que tenho prerrogativa de trocar, exonerar, demitir, contratar um presidente de uma empresa t�o importante que � a Embratur. Acho que essa decis�o cabe ao presidente, e vamos aguardar que o presidente Lula tome a melhor decis�o para o turismo no Brasil.

 

Tomar a melhor decis�o para o turismo significa que ele deve trocar ou manter?

 

N�o cabe a mim dizer o que o presidente deve fazer. A Embratur � uma empresa muito importante para turismo, respons�vel por divulgar o Brasil para o exterior e vender os atrativos. O que o presidente decidir, est� bem decidido.

 

Como est� organizando os projetos nessa �rea t�o importante para a gera��o de emprego e renda?

 

Temos uma grande avenida para percorrer ainda para o desenvolvimento do turismo da forma que ele pode ser desenvolvido. Temos um potencial enorme. Praias bel�ssimas, um clima bastante ameno e, hoje, uma das palavras mais pronunciadas no mundo: Amaz�nia. Temos potencial gigante para ampliar a receita desse setor, ainda hoje a contribui��o do setor com a gera��o de riqueza no pa�s de 7,8% do PIB (Produto Interno Bruto).

 

Ent�o, a recep��o de turistas no Brasil ainda fica aqu�m do potencial?

 

Somos visitados, em m�dia, por seis milh�es de turistas por ano. Em compara��o com um �nico aparelho na Fran�a, que � a Torre Eiffel, ela � visitada por sete milh�es de pessoas por ano. Ent�o, um aparelho tur�stico na Fran�a recebe mais turistas que o Brasil inteiro. Isso d� uma ideia daquilo que a gente ainda pode crescer.

 

Ainda assim, o turismo representa uma das principais fontes de riqueza e renda no Brasil.

 

Sim. No Brasil, apesar de todo esse potencial que ainda temos para percorrer, o turismo � respons�vel pela segunda maior gera��o de emprego, s� perde para a constru��o civil. Ent�o, a gente veio ontem (segunda-feira) aqui para o minist�rio e come�ou a tomar p�. A gente j� vinha estudando o tema, uma vez que come�ou a surgir essa possibilidade aqui para o minist�rio. Come�amos a conversar com o corpo t�cnico do minist�rio, com ex-ministros, com gente do setor. Come�amos a elaborar, h� algum tempo, um plano. Nas conversas com o presidente, combinei de apresentarmos, at� o fim de setembro, um plano de desenvolvimento do turismo. Esse plano tem um per�odo de cinco anos, com metas, com programas, com a��es, inclusive com atividades que precisam ser realizadas. Ele vai ter avalia��o semestral e anual de metas e objetivos.

 

Essas metas j� est�o estabelecidas?

 

Estamos elaborando, porque � um planejamento estrat�gico, mas as metas s�o relacionadas, por exemplo, � contribui��o com a gera��o de riqueza em valores nominais, em percentual do PIB, em n�mero de turistas, que visitar�o o Brasil, o n�mero de emprego gerados. As metas s�o nesse sentido. Depois que esse programa for aprovado pelo presidente, vamos dissemin�-lo por todo o pa�s nas unidades federativas, com os prefeitos das cidades com potencial tur�stico.

 

No in�cio de agosto, vamos apresentar um novo Conselho Nacional do Turismo reformulado, com a participa��o de todos os atores do setor de turismo. V�o participar os funcion�rios das cadeias produtivas e dos hot�is, os taxistas, os executivos das companhias a�reas. A ideia realmente � envolver todos os atores, dar voz, dar vez e dar participa��o nas decis�es das pol�ticas estrat�gicas.

 

O Brasil � um pa�s de dimens�es continentais. Como integrar regi�es t�o distantes, como Rio de Janeiro e Amazonas, por exemplo?

 

Com rela��o a dist�ncia, a gente tem exemplos bem-sucedidos de outros pa�ses que souberam trabalhar isso. H� 10 anos, Portugal recebia sete milh�es de turistas por ano, hoje est� recebendo 21 milh�es. Triplicou o n�mero com uma s�rie de a��es que foram feitas pelo governo portugu�s, pelo trade de Portugal, envolvendo uma pol�tica transversal do setor p�blico e do setor privado, participando assiduamente.

 

Um exemplo � a companhia a�rea TAP. Ela implementou com muita efic�cia o servi�o de stopover, em que a pessoa passa dois, tr�s, quatro dias em Portugal e de l� vai para a Espanha, a Alemanha ou a It�lia, o pa�s de destino. Isso contribuiu tamb�m para um aumento do turismo por l�. Portugal mostrou para todos n�s que � poss�vel, num prazo n�o muito grande, 10 anos, triplicar o n�mero de visita��es.

 

 

Podemos esperar um crescimento do turismo nos pr�ximos anos?

 

Vamos buscar, dentro do turismo, alcan�ar um grau de amadurecimento da nossa sociedade, um grau de desenvolvimento social. Especialistas indicam que para cada real investido no turismo, voc� tem um retorno de R$ 20 de gera��o de riqueza para nossa sociedade.

 

O Brasil vai receber a COP30 em 2025, no Par�, um estado amaz�nico. Existe algum plano para aproveitar a presen�a de tantos turistas no norte do pa�s?

H� uma perspectiva de receber cerca de 80 mil pessoas em Bel�m. � visto como plenamente poss�vel. Vamos fazer com que at� 2025 o Brasil respire a COP30 e que, al�m de respirar o evento, experimente o legado da COP30. Vem um visitante, por exemplo, da �ndia para Bel�m. Vamos fazer com que esse cara v� tamb�m para Fortaleza, Salvador, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, conhecer o Brasil. Vamos trabalhar para que essa COP30 sirva tamb�m como oportunidade para conhecer os destinos tur�sticos do Brasil.

 

 

E o or�amento do minist�rio?

 

� dividido em duas etapas. �rea meio e �rea fim. �rea meio, vou ficar devendo essa informa��o, porque houve uma divis�o entre o Minist�rio da Cultura e o Minist�rio do Turismo. E houve um arranjo colaborativo, em que o Minist�rio da Cultura est� respons�vel por arcar com as principais despesas aqui das �reas do meio do minist�rio. Em rela��o � �rea fim, a gente est�, neste ano, a cerca de R$ 39 milh�es, e um pouco mais da metade j� foi empenhado. J� h� um pedido na junta de execu��o or�ament�ria de suplementa��o de mais de R$ 500 milh�es para c� para o minist�rio.

 

Caso n�o consiga, avalia buscar verbas no Congresso por meio de PLN (Projeto de Lei do Congresso Nacional) ou emendas?

 

Vamos trabalhar nessa complementa��o e nessa reorganiza��o or�ament�ria. Vamos trabalhar tamb�m no Congresso, na discuss�o do Or�amento do ano que vem, e vamos trabalhar ofertando aos parlamentares um rol de projetos e programas.

 

Muitas cidades t�m potencial tur�stico, e a gente quer ofertar a esses deputados e senadores, nas cidades que s�o suas bases, projetos que possam atrair emendas parlamentares e, ao mesmo tempo, ter uma efici�ncia no desenvolvimento da ind�stria do Turismo naquela regi�o. O ex-ministro Walfrido Mares Guia fez isso muito bem, conseguiu R$ 3 bilh�es. Venho conversando com ele.

 

Tratando sobre Bras�lia, temos um turismo c�vico que � muito importante. Para a capital especificamente, o que vem por a�?

 

Falei sobre isso brevemente com o ministro Rui Costa. Comecei a preparar uma proposta para levar para o presidente. O programa deve ser inclu�do como uma das a��es desse plano de desenvolvimento do turismo o fortalecimento da visita��o em Bras�lia. Especialmente nos finais de semana. Voc� tem uma rede hoteleira ociosa nos finais de semana e tem aqui aparelhos hist�ricos que s�o emblemas da nossa democracia, da nossa Rep�blica.

 

� uma cidade realmente muito bonita, constru�da com muito capricho e que re�ne atrativos emblem�ticos para o Brasil. Conversei com a vice-governadora Celina Le�o para propor um aproveitamento dessa ociosidade dos hot�is, tamb�m da rede a�rea. Ent�o, o que a gente est� vendo aqui � sobre fornecer subs�dios para que estudantes secundaristas, universit�rios possam visitar Bras�lia nos finais de semana. Para que possa resgatar esse turismo c�vico na capital, ocupando os hot�is e preenchendo os espa�os nos avi�es no final de semana. 

 


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