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Estado de Minas VEREADORA ASSASSINADA

Provas indicam participa��o de mil�cias em assassinato de Marielle Franco

Fl�vio Dino afirma ser indiscut�vel a atua��o das mil�cias e do crime organizado do Rio de Janeiro no assassinato da vereadora


24/07/2023 14:40 - atualizado 24/07/2023 16:25
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Ronnie Lessa e Elcio Vieira de Queiroz
Dino afirma que Ronnie Lessa (Esq.) e �lcio Queiroz (Dir.) est�o envolvidos com mil�cias no Rio de Janeiro (foto: AFP PHOTO / HANDOUT)
O ministro da Justi�a, Fl�vio Dino, afirmou nesta segunda (24) que novas provas colhidas pela Pol�cia Federal apontam para o envolvimento de milicianos no assassinato da vereadora Marielle Franco, ocorrido em 2018 e at� hoje n�o esclarecido.


Dino falou com a imprensa ap�s a PF deflagrar a opera��o �lpis, primeira fase da investiga��o que apura os homic�dios da vereadora, do motorista Anderson Gomes e da tentativa de homic�dio da assessora Fernanda Chaves. Na a��o, o ex-bombeiro Maxwell Sim�es Corr�a foi preso.


"Sem d�vida h� a participa��o de outras pessoas, os fatos revelados e as provas colhidas indicam isso. Indica uma forte vincula��o desses homic�dios, especialmente da vereadora Marielle, com a atua��o das mil�cias e o crime organizado no Rio de Janeiro. Isso � indiscut�vel", disse Dino.


Marielle e Anderson foram assassinados a tiros no dia 14 de mar�o de 2018. Eles voltavam de um evento na Lapa, e seu carro foi alvejado enquanto passavam pelo Est�cio, tamb�m na regi�o central do Rio. Um ano ap�s a morte, os ex-policiais Ronnie Lessa e �lcio de Queiroz foram presos.


Cinco anos ap�s o assassinato de Marielle, ainda n�o foi esclarecido quem foram os mandantes do crime e quais as motiva��o para matar a vereadora.

A opera��o da PF, segundo Dino, tem como ponto central da dela��o premiada do ex-PM �lcio Queiroz. No acordo, Queiroz, disse o ministro, confirmou a pr�pria participa��o, de Ronnie Lessa e do ex-Bombeiro Maxwell Sim�es Corr�a no caso.

 

De acordo com o Minist�rio P�blico do Rio, os ind�cios que apontam para o envolvimento da mil�cia no caso passam, inclusive, pela participa��o de Maxwell no crime. Segundo os promotores, o ex-bombeiro j� havia sido denunciado pela explora��o do chamado "gatonet" isto �, recepta��es ilegais de sinais de TV que s�o distribu�das a moradores de um bairro mediante pagamento de taxas extras. A pr�tica � comum em �reas de mil�cia.


A Promotoria afirmou ainda que s� o desenrolar das investiga��o vai poder dar certeza da participa��o da mil�cia, mas que essa suspeita existe. Segundo o promotor Eduardo Martins, o envolvimento de Ronnie Lessa tamb�m pode ser visto como um indicativo, j� que at� sua pris�o ele era suspeito de atuar como matador de aluguel.


"A quest�o das mil�cias, esse ambiente criminoso permeia at� a origem do Ronnie Lessa. Existia a quest�o da hist�ria do crime e outros matadores, executores, que atuam nesse contexto do Rio de Janeiro", disse Martins: "A gente vai exaurir essa prova para que possa determinar com certeza isso a� [o envolvimento da mil�cia]".


Ainda segundo o Fl�vio Dino, n�o � poss�vel saber at� onde as novas etapas da investiga��o v�o chegar, mas que "Ronnie, �lcio e Maxwell participam de um conjunto que est� relacionado a essas organiza��es criminosas e milicianas no Rio de Janeiro, infelizmente".


"A novidade � que as provas colhidas e reanalisadas pela Pol�cia Federal confirmaram de modo inequ�voco a participa��o de �lcio e Ronnie. Isso conduziu � dela��o do �lcio", disse Dino, que continuou: "Ao fazer a dela��o, ele confessa a pr�pria participa��o, aponta a participa��o do Ronnie e acrescenta a participa��o decisiva do Maxwell. Alvos da busca de hoje est�o relacionados � dela��o do �lcio".

 

Ex-Bombeiro fez campana e acobertou parceiros

 

De acordo com Dino, ï¿½lcio afirmou na dela��o que Maxwell participou de campanas durante o planejamento para a morte da vereadora: "O senhor Maxwell comparecem nas investiga��es, na prepara��o, inclusive na ocorr�ncia de campana, de vigil�ncia de acompanhamento da rotina da vereadora Marielle, e posteriormente no acobertamento dos autores do crime".


Maxwell foi preso em sua casa, no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste do Rio. Com ele a PF apreendeu duas pistolas, uma 9mm e outra modelo 380.


A apreens�o chamou aten��o dos investigadores uma vez que ele estava at� poucas semanas em pris�o domiciliar.


Conhecido como Suel, o ex-bombeiro j� havia sido preso sob suspeita de obstru��o das investiga��es. Ele cumpria a pena em regime aberto.


A primeira pris�o do ex-bombeiro foi em junho de 2020. Recentemente, em mar�o deste ano, o Tribunal de Justi�a do Rio aumentou a pena de Maxwell pela condena��o por obstru��o das investiga��es sobre o assassinato. A senten�a aumentou de quatro para seis anos e nove meses, que ele cumpria em regime aberto.


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