
O diplomata viaja no dia 15 para Havana, onde deve ficar por cinco dias. A agenda, segundo auxiliares, ainda n�o est� fechada, mas Amorim deve se reunir com o l�der cubano, Miguel D�az-Canel, e ministros.
A viagem ocorre em meio a uma virada na rela��o entre os pa�ses, ap�s quatro anos de distanciamento durante a gest�o de Jair Bolsonaro (PL), que condenava a ditadura na ilha. Desde 2016, a miss�o brasileira era chefiada por um encarregado de neg�cios, na esteira do distanciamento ap�s o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. O regime cubano tratou o epis�dio como um golpe de Estado parlamentar.
Neste ano, Cuba e Brasil nomearam embaixadores, encerrando o afastamento nos elos diplom�ticos. Em fevereiro, Lula indicou para o posto Christian Vargas, ent�o diretor do Departamento de Integra��o Regional do Itamaraty. Antes, ele serviu na miss�o do Brasil junto � UE (1999-2002), em Montevid�u (2002-04), Buenos Aires (2007-09), Paris (2009-11), Washington (2015-18) e Moscou (2018-20).
Vargas trabalhou ainda na assessoria internacional da Presid�ncia no per�odo em que a �rea era chefiada por Marco Aur�lio Garcia, um dos formuladores da pol�tica externa dos dois primeiros mandatos de Lula.
Em mar�o, o Brasil concedeu o agr�ment —autoriza��o formal para receber um representante estrangeiro em seu pa�s— a Adolfo Curbelo Castellanos, designado pelos cubanos para a embaixada em Bras�lia.Lula esteve em junho com D�az-Canel em Paris, durante a C�pula do Novo Pacto Financeiro, liderada pelo presidente franc�s, Emmanuel Macron. O encontro foi mais um gesto para descongelar a rela��o.
Segundo interlocutores do governo brasileiro, eles discutiram a conjuntura mundial e da Am�rica Latina.