
A Pol�cia Federal deflagrou uma opera��o na �ltima sexta (11/8) para apurar suposto esquema de desvio ao acervo privado de Bolsonaro de joias presenteadas por autoridades estrangeiras, al�m da tentativa de venda dos itens de luxo.
"N�o consigo enxergar nenhum nexo de causalidade nem de rela��o com o que aconteceu no dia 8 de janeiro e com um presente que eventualmente, n�o estou dizendo que isso aconteceu, o presidente teria recebido, e que ao inv�s de declarar, tomou como pessoal", disse o presidente da CPI.
A relatora da CPI, Eliziane Gama (PSD-MA), disse que vai insistir na inclus�o do caso das joias nos trabalhos da comiss�o. "Uma das buscas da CPI � entender quem financiou os atos antidemocr�ticos", afirmou a senadora.
Maia descartou avaliar o caso das joias ap�s o deputado Duarte Junior (PSB-MA) sugerir que a comiss�o se debru�asse sobre o tema. Ele tamb�m pediu quebra de dados telem�tico e fiscal do ex-presidente.
"N�o vou entrar nisso, isso n�o tem nada a ver com o 8 de janeiro", disse o presidente da CPI. O deputado afirmou que outra CPI poderia tratar do tema, desde que haja assinaturas suficientes para abrir esta comiss�o.
Duarte Junior argumentou que a CPI deveria avaliar, entre outros pontos, se a venda das joias teria como objetivo financiar atos antidemocr�ticos.
J� a relatora da CPI disse que a comiss�o "precisa entender" se os valores citados em negocia��es feitas pelo tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe dos ajudantes de ordem de Bolsonaro, foram usados na articula��o das manifesta��es.
Para os investigadores, mensagens de auxiliares de Bolsonaro mostram que havia um esquema para viabilizar o enriquecimento il�cito do ex-presidente.
"Entendemos que esta comiss�o precisa entender e precisa compreender, precisa chegar, na verdade, a uma conclus�o se parte deste recurso tamb�m foi utilizado para o financiamento desses atos golpistas ou n�o", disse a relatora. Eliziane disse que est� conversando com o presidente e membros da CPI para chegar a "acordos" sobre as apura��es.
Diversos parlamentares protocolaram pedidos de convoca��o ou quebra de sigilos de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro ap�s a a��o da PF. Tamb�m foram apresentados requerimentos a respeito de auxiliares do ex-presidente.
A CPI ouve nesta ter�a o rep�rter-fotogr�fico Adriano Machado, da ag�ncia de not�cias Reuters, que fez a cobertura jornal�stica dos ataques golpistas dentro do Pal�cio do Planalto. A relatora da CPI defendeu o trabalho da imprensa e disse que Machado nem sequer deveria ter sido chamado para a comiss�o.
Antes do depoimento, parte dos membros da CPI afirmou que o Minist�rio da Justi�a n�o entregou todas as imagens registradas por c�meras de seguran�a da pasta no dia 8 de janeiro.
O senador Sergio Moro (Uni�o Brasil-PR) pediu que fosse feita uma busca e apreens�o no minist�rio comandado por Fl�vio Dino (PSB-MA).
O presidente da CPI descartou a possibilidade de acionar a pol�cia para buscar as imagens. "N�o sou homem de bravatas, de dizer que vou mandar Pol�cia do Senado para cumprir mandato de ordem de busca e apreens�o", disse Arthur Maia.
O deputado disse que questionou o STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o alcance de uma decis�o dada pelo ministro Alexandre de Moraes para a entrega das imagens do Minist�rio da Justi�a. "O pedido da CPMI foi muito al�m daquilo que foi enviado", disse o presidente da CPI.