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Estado de Minas JOIAS SAUDITAS

Fl�vio Dino 'ainda n�o v� raz�o' para pris�o preventiva de Bolsonaro

Dino afirmou, ainda, que h� prova excessiva, mas que a investiga��o ainda n�o contempla as exig�ncias dos artigos que regulam a pris�o preventiva


15/08/2023 18:38 - atualizado 15/08/2023 18:39
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Dino
Ministro, no entanto, deixou claro que essa n�o � uma possibilidade totalmente descartada (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)
O ministro da Justi�a, Fl�vio Dino, afirmou que ainda n�o v� raz�es suficientes para a pris�o preventiva de Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias sauditas. A quest�o, para o ministro, � t�cnica e legal: de acordo com Dino, em entrevista ao UOL News nesta ter�a-feira (15/8), as investiga��es atendem a apenas dois dos requisitos previstos nos artigos do C�digo Penal que regulam a pris�o preventiva.

Ele diz que a investiga��o j� tem prova de "materialidade de um crime" e "ind�cios de autoria" e que, se outros requisitos forem cumpridos, o Judici�rio "pode decidir" pela pris�o preventiva de Bolsonaro. 

 

“A pris�o preventiva tem requisitos espec�ficos, dentre os quais materialidade de um crime, nesse caso j� existe. Em segundo lugar, ind�cios de autoria, como j� mencionei, h� ind�cios de autoria. Por�m h� outros requisitos que est�o nos artigos 311 e 312 do C�digo de Processo Penal. Nesse momento, veja, neste dia em que n�s estamos conversando, n�o vejo ainda raz�es para essa medida extrema”, esclareceu Dino.

 

Apesar de n�o ser o momento para pedir a pris�o preventiva de Bolsonaro, o ministro deixou claro que essa n�o � uma possibilidade totalmente descartada, tendo em vista que as investiga��es da Pol�cia Federal (PF) est�o avan�ando no sentido de elucidar todos os detalhes que envolvem o esquema de vendas das joias recebidas pelo ex-presidente e por Michelle Bolsonaro como presente de autoridades estrangeiras.

“H� uma evolu��o nas apura��es e, em algum momento, o poder Judici�rio pode decidir por essa medida. Mas, neste momento, as apura��es ainda est�o evoluindo. O que � importante para a sociedade � a garantia de que a verdade est� sendo progressivamente trazida ao processo, aos autos, ao inqu�rito e demonstrada � sociedade. Meu papel � garantir que as investiga��es sejam independentes e t�cnicas e isso est� acontecendo”, ressaltou o ministro.

H� uma quantidade expressiva de provas

De acordo com Fl�vio Dino, mesmo as investiga��es ainda em andamento, j� existem uma quantidade expressiva de provas que atestam o envolvimento de Bolsonaro e aliados na venda ilegal das joias.

 

“� evidente que a responsabilidade se acha, nesse momento, diretamente relacionada com o ex-presidente. N�o � cr�vel que houvesse esse movimento de com�rcio inusitado de bens, com circula��o de valores, e n�o houvesse algum tipo de ci�ncia”, argumentou o ministro.

 

Na avalia��o de Dino, a responsabilidade vai “al�m dos assessores” que estavam diretamente ligados � venda das joias. “H� um delineamento progressivo de responsabilidade que est� al�m dos assessores, por alguns motivos l�gicos: primeiro, quem era o destinat�rio das joias?; segundo, quem detinha a guarda sobre as joias; terceiro, quem era o benefici�rio dos atos de com�rcio, pelo menos em parte”, detalhou.

 

A PF investiga o envolvimento de, pelo menos, nove militares no caso das joias. Entre eles est�o o general do Ex�rcito Mauro C�sar Lourena Cid, o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid, o coronel da reserva e assessor especial do gabinete pessoal do ex-presidente Marcelo Costa C�mara, o almirante de esquadra da Marinha e ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque e o tenente Osmar Crivelatti. Al�m deles, tamb�m s�o alvos da investiga��o o advogado da fam�lia Frederick Wassef e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

 

“Nesse momento, tecnicamente, h� um conjunto probat�rio bastante expressivo em rela��o a essa atua��o do ex-presidente da Rep�blica”, concluiu Dino.

 


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