
Nem todos simpatizantes e apoiadores de Stedile puderam entrar no apertado plen�rio onde ocorre a audi�ncia, com capacidade para apenas 80 pessoas. No local onde comumente a comiss�o funciona, cabem bem mais, quase o dobro, cerca de 150 pessoas. Lugar, contudo, est� fechado, sem qualquer evento.
Durante sua fala, Stedile fez defesa do MST e da necessidade da reforma agr�ria e foi questionado pelo relator Ricardo Salles (PL-SP) sobre depoimentos de assentados ouvidos pela CPI e que denunciaram corrup��o em alguns desses lugares. O l�der sem-terra respondeu que desconhece os casos e que, por n�o conhec�-los, nem sabe dizer se � verdade ou mentira.
"Vejam bem, h� 500 mil fam�lias assentadas no Brasil. Se em 1% desses assentamentos h� esses desvios, voc�s teriam que ouvir aqui 5 mil fam�lias. Ou seja, n�o se pode generalizar esse tipo de coisa", disse Stedile.
Provocado pelo relator, ele afirmou que h� dois tipos de agroneg�cio no pa�s: um que est� percebendo que uso de agrot�xico e desmatamento n�o funciona mais e outro que segue utilizando essa pr�tica. E destacou que essa primeira metade est� ao lado de Lula.
"O agroneg�cio est� dividido. A metade que tem ju�zo apoiou o Lula. A outra parcela � o Aprosoja (Associa��o Brasileira dos Produtores de Soja), que s� pensa em ganhar dinheiro. Parte do agroneg�cio j� tem consci�ncia dos limites e j� est� migrando para outra agricultura, a chamada agora de pr�ticas regenerativas, para substituir pesticidas por defensivo agr�cola agroecol�gico. Parcela do agroneg�cio ainda vai para o c�u", apontou.