Dino avisa que PF n�o vai repassar nomes de militares envolvidos com hacker

A Pol�cia Federal negou o pedido do ministro da Defesa, Jos� M�cio Monteiro, para repassar o nome dos militares que se encontraram com o hacker Walter Delgatti no ano passado.

A negativa foi formalizada em of�cio encaminhado pela PF ao Minist�rio da Defesa. No texto, assinado pelo delegado Luiz Eduardo Navajas Telles Pereira, a corpora��o diz que o inqu�rito que investiga a ida de Delgatti est� sob sigilo no STF (Supremo Tribunal Federal).

"Cumprimentando-o, e fazendo refer�ncia ao seu OF�CIO N° 21925/CH GAB MD/GM-MD, informo que o Senhor Walter Delgatti foi ouvido em Inqu�rito Policial sigiloso, em tr�mite perante o Supremo Tribunal Federal sob presid�ncia do Ministro Alexandre de Moraes. Dessa maneira, eventual requerimento de informa��es dever� ser dirigido ao Ministro Presidente do feito", limita-se a dizer Pereira no of�cio.

Ap�s a resposta - e em meio ao clima de acirramento entre militares e a Pol�cia Federal -, M�cio se reuniu com o ministro da Justi�a, Fl�vio Dino, para conversar sobre o caso.

No almo�o, Dino refor�ou que a PF n�o enviar� os nomes dos militares. Afirmou, ainda, que as For�as Armadas poder�o tomar provid�ncias ap�s a conclus�o do inqu�rito no STF.

"H� uma ideia de deixar as investiga��es caminharem nos termos da lei e, no tempo certo, as For�as Armadas, com sua autonomia organizativa, ir�o tomar as provid�ncias que forem necess�rias. N�o h� agonia, precipita��o, porque h� consenso de que as pessoas que erraram e cometeram crimes --civis ou militares-- ser�o punidas", disse o ministro da Justi�a ap�s o encontro.

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Fl�vio Dino disse que as investiga��es n�o t�m o objetivo de descredibilizar as For�as Armadas. "N�s temos a compreens�o de separar o que s�o condutas institucionais de condutas individuais", afirmou.

"Temos que lembrar tamb�m que o comandante-em-chefe das For�as Armadas � o presidente da Rep�blica. Claro que, em per�odo passado, o presidente pode n�o ter dado ordens corretas, e isso pode ter gerado que alguns membros das For�as Armadas tenham cometido erros ou crimes. Estamos nesse trabalho, mostrando que n�o h� na investiga��o conduta das For�as Armadas, mas sim de militares", concluiu Dino.