
Ele sugeriu que o plano seja parte de uma "proposta ambiciosa" para que o Brasil seja o primeiro entre as grandes economias a zerar as emiss�es de gases do efeito estufa. O prazo e as condi��es para o reflorestamento, afirmou, ainda est�o em estudo.
Mercadante participou de evento promovido pelo Thinking 20, bra�o de engajamento acad�mico do G20, o grupo que re�ne as 20 maiores economias mundiais, que ser� presidido pelo Brasil em 2024.
"Tanto no G20 quanto na COP [30, confer�ncia da ONU que ser� realizada em Bel�m] quanto na assembleia da ONU [Organiza��o das Na��es Unidas], o Brasil precisa apresentar proposta ambiciosa. Devemos lutar para ser o primeiro pa�s a apresentar emiss�o zero entre os pa�ses do G20", disse.
Ele destacou que metade das emiss�es brasileiras s�o provenientes do desmatamento e cerca de um quarto do restante, do uso da terra. A proposta seria regenerar florestas com o plantio misturado de �rvores produtivas e nativas.
"Temos que lan�ar um projeto de impacto porque � urgente avan�ar nessa perspectiva", afirmou, sugerindo ainda que o projeto seja viabilizado com recursos internacionais no pagamento de servi�os florestais.
Com o reflorestamento, afirmou, o pa�s conseguiria retirar 600 milh�es de toneladas de carbono do planeta. "Vamos atingir, n�o s� a nossa meta, como contribuir decisivamente para o planeta como nenhum outro projeto com esse alcance."
Mercadante saiu do evento sem dar entrevistas. Procurado, o BNDES disse que ainda n�o pode adiantar detalhes.O presidente do BNDES defendeu que a emerg�ncia clim�tica seja foco do mandato brasileiro no G20. "Se formos tratar de todos os temas, vamos continuar no mesmo lugar."
A falta de avan�os em rela��o a metas de desenvolvimento sustent�vel foi criticada tamb�m pelo economista americano Jeffrey Sachs, que defendeu maior participa��o de bancos de fomento ao redor do mundo para financiar projetos que visem atingir esses objetivos.
Nos Estados Unidos, disse, a falta de interesse pelo assunto � tanta que nem presidentes citam os objetivos do desenvolvimento sustent�vel. Esse desinteresse, concluiu, afeta decis�es das organiza��es ligadas ao G7, como o FMI (Fundo Monet�rio Internacional).
"N�s precisamos de uma expans�o maci�a dos meios oficiais de financiamento. CAF [Corpora��o Andina de Fomento], BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], bancos de desenvolvimento africano, asi�tico e o New Development Bank [o banco dos Brics]", afirmou.
"Se isso n�o acontecer, eu posso garantir que estaremos aqui em 2032, na Rio+40 e vamos ver que n�o adiantou anda", disse ainda, em refer�ncia ao encontro Rio+20, que definiu os objetivos de desenvolvimento social.