Deputados trocam ofensas em vota��o do combate � viol�ncia contra mulheres

Os deputados estaduais Coronel Sandro (PL) e Ulysses Gomes (PT), l�der da oposi��o, trocaram ofensas durante a sess�o plen�ria da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta quinta-feira (31/8). Na ocasi�o, os parlamentares votavam o Projeto de Lei 2.309/2020, que cria o Programa de Enfrentamento do Ass�dio e Viol�ncia Pol�tica contra a Mulher, aprovado em segundo turno por 47 votos favor�veis e nenhum contr�rio.

A confus�o come�ou ap�s uma assessora do gabinete da deputada Maca� Evaristo (PT) alegar que os deputados que votaram contra uma emenda proposta por Ulysses, com o objetivo de combater qualquer forma de descrimina��o de g�nero em aspectos relativos � ra�a, cor, etnia e classe social, seriam “racistas” e “fascistas”, incluindo a deputada Chiara Biondini (PP). 

A parlamentar se sentiu ofendida e acionou a Pol�cia Legislativa para retirar a assessora do local e registrar um boletim de ocorr�ncia. Maca� desautorizou as falas da assessora e disse ter sido pega de surpresa com o ocorrido. A petista ainda prestou solidariedade � deputada Biondini e afirmou que vai pesquisar quais s�o as san��es previstas para adotar a a��o cab�vel.

O deputado Coronel Sandro foi ao microfone do plen�rio, ap�s a confus�o, prestar solidariedade � aliada e criticar a aus�ncia de outras deputadas de esquerda, classificando o epis�dio como um destaque negativo. 

“Agress�o por ela ser defensora de uma pauta que a esquerda n�o concorda. Ela tem o direito de expressar sua opini�o. Foi agredida por uma assessora, por uma mulher, no dia que aprovamos um projeto contra a viol�ncia contra a mulher. (...) Cad� o mexeu com uma, mexeu com todas? Cad� aquelas que estavam no plen�rio defendendo o projeto? Cad� as mulheres de esquerda?”, disse.

Ulysses Gomes foi ao microfone prestar solidariedade � deputada Chiara e cobrar provid�ncias, mas criticou a fala de Sandro e o chamou de “babaca”. “Em nome do bloco Democracia e Luta, quero manifestar solidariedade a deputada em um dia que essa situa��o n�o poderia ocorrer. N�o posso usar outra palavra, mas repudiar um tipo de teatro em torno disso. Inaceit�vel deputado (Sandro). Vossa Excel�ncia n�o tem o direito de dizer o que deve ou n�o ser feito aqui. Pare com esse cinismo e oportunismo barato”, disse.

Ao Estado de Minas, Coronel Sandro afirmou que foi um dia de debates acalorados. “O �nico ponto fora da curva foi que o deputado me ofendeu, mas foram ofensas trocadas. Apenas isso. Dou o assunto como resolvido”, disse.

Em nota, Mac�e afirmou que a pede desculpas pelo ocorrido e afirma que tomar� as provid�ncias cab�veis, dentro do que prev� o Regimento Interno para essas situa��es. Maca� desconhecia que a funcion�ria estava no local, e n�o solicitou a entrada dela.

A reportagem tamb�m procurou o deputado Ulysses, mas n�o obteve retorno at� o fechamento da mat�ria.