
Nova York – Ao chegar � Bolsa de Nova York para o semin�rio Brazil on Focus, da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) e da Fiesp, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou que o governo brasileiro espera captar, pelo menos, R$ 10 bilh�es em t�tulos verdes, ou green bonds, que o pa�s lan�ar� num futuro pr�ximo para atra��o de investimentos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que evita falar em n�meros, mencionou no meio da entrevista na chegada ao evento, que o prazo de lan�amento de t�tulos verdes pode ocorrer em “setembro ou outubro”.
“� um come�o, o Brasil pode captar muito mais, mas quem vai decidir valores � o Tesouro. A receptividade � a melhor poss�vel”, disse Haddad, para em seguida, perguntado sobre as agendas em curso, como a reforma tribut�ria e os projetos que incrementam a arrecada��o, mencionar o prazo dos t�tulos.
“As agendas s�o complementares. Tem o or�amento de 2024, a reforma tribut�ria, o PL do cr�dito de carbono, o projeto do combust�vel do futuro foi para a C�mara semana passada, tem a emiss�o dos t�tulos verdes programada para setembro, outubro, est� tudo caminhando no cronograma estabelecido, n�o h� atrasos”, disse o ministro, que, assim como todo o governo brasileiro est� dedicado a passar confian�a aos investidores, especialmente, seguran�a jur�dica, considerado o maior entrave pelos grandes fundos.
“Principal � a reforma tribut�ria, a maior inseguran�a que o Brasil oferece hoje � o caos tribut�rio. Ningu�m sabe quanto deve, quanto tem a receber, � um horror”, disse.
Paralelamente aos eventos da ONU, cuja assembleia ser� aberta amanh� com um discurso do presidente Lula, o semin�rio, na Bolsa de Nova York, � considerado um dos eventos mais importantes das agendas de Marina e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no sentido de passar “seguran�a jur�dica” e confian�a na evolu��o do “ambiente de neg�cios”, conforme lembrou o presidente da CNI, Robson Andrade. Na abertura, al�m do presidente da CNI, falaram h� pouco o presidente da Fiesp, Josu� Alencar, o presidente da C�mara, Arthur Lira, o do Senado, Rodrigo Pacheco, e o governador do Esp�rito Santo, Renato Casagrande.
Tanto Lira, quanto Pacheco se disseram engajados no esfor�o da transi��o energ�tica e da reforma tribut�ria, “medida de racionaliza��o” da cobran�a de impostos no pa�s e a economia verde.
“Com a pauta do desenvolvimento sustent�vel, o Brasil tem oportunidade �mpar”, diz. “Precisamos de apoio e colabora��o”, disse o presidente do Senado, que concluiu sua fala mencionando Chico Mendes.
“Primeiro, pensei que estava lutando pelas seringueiras. Depois, pela floresta. Depois, pela humanidade”. O presidente da Fiesp tamb�m se mostra otimista com o que tem visto a respeito do Brasil: “Ontem, no jantar, diz�amos, esta � a d�cada do Sul global. O Brasil est� aberto para neg�cios. Tem uma sociedade aberta, jovem, que ama a democracia”.