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Estado de Minas ATOS GOLPISTAS

PF aposta em celular de general para avan�ar em investiga��o sobre militares no 8/1

Suspeita � de que militares formados nas for�as especiais do Ex�rcito tenham orientado a a��o de v�ndalos na invas�o e depreda��o dos pr�dios p�blicos


04/10/2023 08:30 - atualizado 04/10/2023 10:40
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General da reserva Ridauto Lúcio Fernandes
General da reserva Ridauto L�cio Fernandes (foto: Beto Mac�rio/UOL/Folhapress)
A Pol�cia Federal tenta identificar pessoas que aparecem com balaclavas durante os ataques �s sedes dos tr�s Poderes, no 8 de janeiro, e aposta nos registros do celular do general da reserva Ridauto L�cio Fernandes para avan�ar na investiga��o sobre a participa��o de integrantes do Ex�rcito nos epis�dios daquele dia.

A suspeita � a de que militares formados nas for�as especiais do Ex�rcito, chamados de "kids pretos" (tropa de elite da For�a), tenham orientado a a��o de v�ndalos na invas�o e depreda��o dos pr�dios p�blicos.

Em depoimentos � PF, presos por terem atuado nas invas�es relataram terem recebido instru��es de como agir no momento das invas�es e depreda��es dos pr�dios.

Al�m disso, investigadores constataram por meio de imagens que houve a��o sofisticada em determinados momentos dos ataques, como o uso de gradis presos uns aos outros para serem usados como escadas para entrada e sa�da de manifestantes pelo teto do Congresso Nacional.

Para garantir o acesso ao pr�dio por meio dos gradis, os manifestantes tamb�m utilizaram n�s em cordas que, avalia a pol�cia, dificilmente tenham sido feitos por pessoas leigas.

Por meio de imagens e depoimentos, investigadores suspeitam que essas pessoas de balaclava estavam orientando os demais manifestantes a entrarem pela grade do Congresso.

A expectativa da PF � a de avan�ar no caso dos "kids pretos" por meio das identifica��es dos personagens e pelos registros no celular do general Ridauto.

A Pol�cia Federal cumpriu na �ltima sexta-feira (29) mandado de busca e apreens�o contra o general da reserva. Ele � investigado sob suspeita de ter atuado na organiza��o dos ataques �s sedes dos Poderes.

Ridauto prestou depoimento e teve celular, arma e passaporte retidos pelos investigadores. A dilig�ncia ocorreu na 18º fase da Opera��o Lesa P�tria. A decis�o do STF (Supremo Tribunal Federal) determinou ainda o bloqueio de ativos e valores do general.

Investigadores apontam que antes mesmo de ter participado dos atos, Ridauto deu entrevistas para podcasts em que explicava que os for�as especiais s�o especialistas em promover guerras irregulares, usando civis sem experi�ncia em combate para auxiliar em conflitos.

"O movimento irregular � voc� recrutar pessoas que n�o s�o militares ou que t�m o m�nimo de experi�ncia [...], vai treinar e vai fazer com que eles se transformem em uma for�a de emprego em combate", disse Ridauto em setembro de 2022.

Ele afirmou ainda que o segredo seria recrutar os "dissidentes e os descontentes" para "instru�-los para serem combatentes". "Os for�as especiais, a especializa��o deles � treinar esse pessoal, � saber fazer isso", completou.

Outro fator que contribuiu para a suspeita de participa��o de militares das for�as especiais do Ex�rcito foi o uso, no 8 de janeiro, das granadas "bailarinas" -apelido dado pelo fato de o explosivo dar saltos no ch�o enquanto lan�a g�s lacrimog�neo.

As granadas foram encontradas no Senado ap�s os ataques. As pol�cias legislativas do Congresso n�o utilizam o armamento; a Pol�cia Militar do Distrito Federal tamb�m n�o possui o explosivo. O Ex�rcito utiliza o material em treinamentos dos for�as especiais.

Ridauto foi diretor de Log�stica do Minist�rio da Sa�de durante as gest�es dos ministros Eduardo Pazuello e Marcelo Queiroga, no governo Jair Bolsonaro (PL).

Durante os ataques golpistas, Ridauto gravou v�deos e enviou para amigos e familiares. Em um deles, o general disse que estava "arrepiado" com o que estava acontecendo.

"O pessoal acabou de travar a batalha do g�s lacrimog�neo. Acreditem: a PM jogou g�s lacrimog�neo na multid�o aqui durante meia hora e agora eles est�o aqui na frente e o pessoal est� aplaudindo a Pol�cia Militar", disse.

O general da reserva ainda disse que os manifestantes entendiam que os policiais militares estavam "cumprindo ordens para defender o patrim�nio" e que seriam "bem-intencionados".


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