
O ministro das Rela��es Exteriores, Mauro Vieira, repudiou os ataques do Hamas no territ�rio israelense e ponderou que a posi��o do Brasil nas rela��es internacionais funciona como um “escudo”. “Essa posi��o serve como um escudo protetor aos cidad�os brasileiros que estejam no exterior e se vejam no meio do conflito”, disse o embaixador.
Vieira, que participa na tarde desta quarta-feira (18/10) de uma reuni�o extraordin�ria na Comiss�o de Rela��es Exteriores do Senado Federal, apontou que a proposta de resolu��o encaminhada pelo Brasil no Conselho de Seguran�a da Organiza��o das Na��es Unidas (ONU), e que foi vetada pelos Estados Unidos, n�o foi uma proposta do Brasil, mas uma "articula��o da nossa diplomacia na presid�ncia rotativa do colegiado".
“� lament�vel que o conflito entre Israel e Palestina, que se arrasta h� mais de sete d�cadas, tenha voltado a escalar dessa forma. J� de primeira o governo brasileiro repudiou os ataques terroristas. Transmitimos, por uma liga��o do presidente Lula ao presidente de Israel, a nossa solidariedade”, apontou o chanceler.
Corredor humanit�rio
O ministro disse que volta ainda hoje para Nova York, onde vai participar diretamente, na presid�ncia do Conselho de Seguran�a da ONU, das negocia��es de uma nova resolu��o para a cria��o de um corredor humanit�rio que permita a entrega de alimentos e medicamentos al�m da retirada de estrangeiros que estejam na regi�o, como os cerca de 30 brasileiros que manifestaram desejo de deixar a Faixa de Gaza.
“A resolu��o foi feita por in�meras consultas, por mais de tr�s dias, de forma a acomodar uma linguagem que pudesse ser aceita por todos os pa�ses do conselho, que atendesse a entrada de ajuda humanit�ria, a sa�da dos brasileiros e outros estrangeiros. O Brasil se d�, e se d� bem, com os dois lados, com Israel e com a Palestina, exatamente por isso consegue ter um di�logo muito fluido para retirar os brasileiros”, disse Vieira, apontando a posi��o brasileira de seguir as resolu��es da ONU.
A resolu��o, como pontuou o ministro, n�o � do Brasil, ela recolheu posi��es de todos os integrantes do Conselho de Seguran�a. Importante lembrar que h� cinco membros permanentes, com direito a veto, e 10 membros n�o permanentes, como o Brasil, que deixa o conselho em dois meses.