Zambelli compareceu � sess�o de vota��o desta manh� para se defender das acusa��es feitas contra ela no relat�rio, que embasaram o pedido de indiciamento da deputada por associa��o criminosa, aboli��o violenta do Estado Democr�tico de Direito e golpe de Estado.
De acordo com a parlamentar, ela foi acusada sem, antes, ter direito � defesa, sem ser ouvida ou poder apresentar sua vers�o dos fatos envolvendo a reuni�o entre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o hacker Walter Delgatti Neto.
“Esse indiciamento representa para mim mais uma medalha que eu carrego no peito. Vindo de voc�s, � s� mais uma medalha que eu vou carregar, de honestidade”, alegou.
A deputada disse ainda que foi acusada sem provas. Sobre isso, a relatora do colegiado, Eliziane Gama (PSD-MA), rebateu afirmando que tudo que est� no relat�rio foi baseado nas apura��es que a comiss�o fez ao longo dos cerca de cinco meses de trabalho e nada foi sem embasamento, j� que o grupo recebeu centenas de documentos para comprovar os pedidos de indiciamento.
“Me coloquei � disposi��o dessa CPMI para ser acareada, como convidada ou convocada, e n�o tive direito de me defender, fui indiciada sem direito � defesa [...] n�o anexaram (no relat�rio) uma prova contra mim, apenas palavras contra mim”, argumentou Zambelli.
Repreendida pelo presidente da CPMI
Zambelli tamb�m falou que recebeu ataques de �dio nas redes sociais quando fez uma postagem informando os seus apoiadores que tinha sido indiciada pela CPMI. A deputada, ent�o, come�ou a ler alguns coment�rios que recebeu, os quais continham xingamentos e palavras de cunho pornografico.
“Acabou para voc�, pistoleira”, citou Zambelli. Nesse mesmo coment�rio, segundo a deputada, o internauta ainda disse que ela iria para cadeia, onde encontraria o ex-presidente Bolsonaro, e fez uma refer�ncia ao �rg�o genital do ex-chefe do Executivo.
Nesse momento, o presidente da comiss�o, Arthur Maia (Uni�o-BA), interrompeu a deputada e ressaltou que o Congresso n�o � lugar para pornografia. “N�s, como pessoas p�blicas, somos ofendidos nas redes sociais mas isso n�o d� o direito de virmos a uma CPMI transmitida para o pa�s inteiro e proferir palavras de baixo cal�o”, frisou o deputado.
No relat�rio elaborado por Eliziane, Zambelli � descrita como “uma das parlamentares mais atuantes no bolsonarismo”. “Carla Zambelli sempre aderiu �s narrativas criadas pelo presidente da Rep�blica para atacar as institui��es brasileiras, sem a apresenta��o de qualquer prova”, escreveu a relatora.
Em rela��o ao indiciamento, Eliziane argumentou, no documento, que Zambelli deveria responder criminalmente por “aderir subjetivamente �s condutas criminosas de Jair Messias Bolsonaro e demais indiv�duos em seu entorno, colaborando decisivamente para o desfecho dos atos do dia 8 de janeiro de 2023”.