
Entre os governistas, h� o entendimento de que se Lula esperasse um dia para demitir Rita Serrano do comando do banco, o nome de Roque teria alcan�ado na quarta os 41 votos necess�rios para ter seu nome aprovado para o cargo. A seu favor, foram atingidos apenas 35 votos, e 38 votos contr�rios.
Roque acompanhava a vota��o do fundo do plen�rio, cercado por alguns assessores do Pal�cio. Com o correr da sess�o, parlamentares do PT identificaram uma mobiliza��o para n�o conduzi-lo ao comando da Defensoria. S� os votos dos bolsonaristas n�o seriam suficientes para se atingir esse prop�sito. A aus�ncia de aliados de Lula no plen�rio, somada a um movimento de um grupo silencioso que desejava o tal recado para o Planalto, foi a raz�o da derrota.
N�o compareceram para votar, por exemplo, Jader Barbalho (MDB-PA) e Professora Dorinha Seabra (Uni�o-TO), que � vice-l�der do governo. Outros fatores foram colocados no balan�o do governo. Igor era um nome fraco para um cargo de desinteresse dos pol�ticos.
"Quem briga, afinal, para defender pobre, que � o que faz a DPU?", disse um senador governista, que pediu anonimato. Mas n�o interessava a dimens�o do cargo nem o peso do indicado. Era o governo o derrotado da noite, numa indica��o assinada e enviada por Lula.
Na DPU, o resultado foi uma surpresa. N�o se imaginava esse desfecho. Um semin�rio sobre aborto legal promovido pela institui��o teria sido a raz�o da oposi��o bolsonarista. Igor Roque n�o teve envolvimento com esse evento e nem "milita" nessa seara.
Recado dado
Senadores da oposi��o, como Carlos Portinho (PL-RJ), foram para as redes dizer que a derrota era um recado para Lula e que a poss�vel indica��o de Fl�vio Dino para o Supremo Tribunal Federal (STF) correr� riscos.
"Derrubamos o indicado do Lula para a DPU. Recado dado. Gesto forte! Tenho dito: se colocar o Dino pro STF vai passar vergonha!", postou Portinho.
O governo n�o entendeu assim. Os assessores do Planalto disseram ap�s a sess�o que s�o "coisas distintas". Acreditam que o nome de Dino ser� aprovado, mas n�o com a vota��o de Cristiano Zanin, que amealhou 58 votos, inclu�dos at� alguns de senadores ligados a Bolsonaro.
