
“Agora o que n�s temos � a insanidade tamb�m do primeiro-ministro de Israel querendo acabar com a faixa de Gaza, se esquecendo que l� n�o tem s� soldado do Hamas, que l� tem mulheres, tem crian�as, que s�o as grande v�timas dessa guerra", afirmou Lula.
O chefe do Executivo disse ainda que o grupo Hamas n�o � terrorista, mas que cometeu um ato terrorista ao atacar Israel no ato que deu in�cio � atual guerra no Oriente M�dio. As declara��es foram feitas durante um caf� da manh� com jornalistas que cobrem a Presid�ncia da Rep�blica no Pal�cio do Planalto.
"Eu n�o queria que a imprensa brasileira tivesse d�vida sobre o comportamento do Brasil. Primeiro, o Brasil s� reconhece como organiza��o terrorista aquilo que o Conselho de Seguran�a da ONU reconhece. E o Hamas n�o � reconhecido pelo Conselho de Seguran�a da ONU como organiza��o terrorista, porque ele disputou elei��es da Faixa de Gaza e ganhou. O que que n�s dissemos? � que o ato do Hamas foi terrorista", disse o chefe do Executivo.
Lula defendeu ainda que acabe a possibilidade de veto de cinco pa�ses do Conselho de Seguran�a da ONU (Estados Unidos, Fran�a, R�ssia, China e Inglaterra). � frente do conselho no m�s de outubro, o Brasil tentou propor um texto para o cessar-fogo no Oriente M�dio, mas foi derrotado em raz�o de um veto dos Estados Unidos.
"Algu�m tem que falar em paz. A nota que o Brasil fez e foi aprovada nas Na��es Unidas.. Ah, a nota do Brasil foi reprovada. N�o, foi aprovada com 12 de 15 votos, duas absten��es, e � por isso que queremos acabar com direto de veto. Achamos que os americanos, os russos, os ingleses, os franceses, os chineses, ningu�m deve ter direito de veto. � preciso acabar o direito de veto", disse.
O evento aconteceu na semana em que o mandat�rio retomou os seus despachos de maneira presencial no pal�cio, ap�s um per�odo de recupera��o das cirurgias a que foi submetido no fim de setembro.
O presidente vinha buscando manter uma ret�rica de neutralidade em rela��o ao conflito no Oriente M�dio, considerando que o Brasil ocupa no m�s de outubro a presid�ncia do Conselho de Seguran�a e por isso busca articular uma sa�da para encerrar as hostilidades.
Al�m disso, o pa�s atua para retirar os brasileiros da zona de guerra. Conseguiu com sucesso repatriar os nacionais que estavam em Israel, com opera��es envolvendo avi�es da For�a A�rea Brasileira. No entanto, enfrenta dificuldades, assim como outros pa�ses, para retirar os brasileiros que est�o na Faixa de Gaza. Isso porque dependem de uma tr�gua nos ataques israelenses e, principalmente, da abertura da fronteira com o Egito.
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Lula prontamente condenou o ataque ao territ�rio israelense por ar, �gua e terra h� tr�s semanas, classificando como "ato terrorista". No entanto, n�o havia mencionado o grupo terrorista Hamas em sua primeira manifesta��o.
Seu governo vinha sendo cobrado a considerar o Hamas como uma organiza��o terrorista, mas os interlocutores do governo apontavam que o Brasil segue a classifica��o do Conselho de Seguran�a da ONU (Organiza��o das Na��es Unidas).
Na sexta-feira (20), pela primeira vez, o presidente pela primeira vez relacionou o Hamas com o conceito de terrorismo. Por outro lado, o presidente vem criticando abertamente a rea��o de Israel.
"Hoje quando o programa [Bolsa Fam�lia] completa 20 anos, fico lembrando que 1.500 crian�as j� morreram na Faixa de Gaza", afirmou Lula, na ocasi�o, em v�deo, em refer�ncia ao balan�o de 1.524 mortes divulgado pelo Minist�rio da Sa�de de Gaza.
"[Crian�as] Que n�o pediram para o Hamas fazer o ato de loucura que fez, de terrorismo, atacando Israel, mas tamb�m n�o pediram que Israel reagisse de forma insana e as matasse. Exatamente aqueles que n�o t�m nada a ver com a guerra, que s� querem viver, brincar, que n�o tiveram direito de ser crian�as."
Nesta ter�a-feira (24), o presidente voltou a criticar Israel durante a sua transmiss�o ao vivo, o Conversa com o Presidente.
"N�o � porque o Hamas cometeu ato terrorista contra Israel que Israel tem que matar milh�es de inocentes. N�o � poss�vel que as pessoas n�o tenham sensibilidade. Se a ONU tivesse for�a, a ONU poderia ter uma interfer�ncia maior. Os Estados Unidos poderiam ter uma interfer�ncia maior. Mas as pessoas n�o querem, as pessoas querem guerra", afirmou o petista.