
H� exatos 22 anos, em discurso no dia 29 de outubro de 2001, o mineiro de Tr�s Pontas, Ant�nio Aureliano Chaves de Mendon�a (1929-2003), deu aula de civilidade e humanismo na Assembleia de MG. Uma das raras lideran�as udenistas sem o DNA da Pra�a Afonso Arinos, pois engenheiro, apreciava boa talagada da cacha�a "Rainha da Lavoura", de Coqueiral.
Ele apertava com for�a descomunal a m�o de seus conterr�neos, quase ao ponto de quebr�-la em cumprimento cordial. O ex-governador e ex-vice-presidente compareceu � sess�o que aprovou a Emenda 50, instituindo o referendo popular e o qu�rum qualificado (3/5) para a venda de Cemig e Copasa.
Ele apertava com for�a descomunal a m�o de seus conterr�neos, quase ao ponto de quebr�-la em cumprimento cordial. O ex-governador e ex-vice-presidente compareceu � sess�o que aprovou a Emenda 50, instituindo o referendo popular e o qu�rum qualificado (3/5) para a venda de Cemig e Copasa.
“Causa-nos tristeza assistir a este espet�culo deprimente de destrui��o do patrim�nio p�blico nacional, constru�do com a participa��o direta do povo, a quem pertence, em �ltima inst�ncia, j� que foi financiado em grande parte por tributos de todas as esp�cies, como taxas e empr�stimos compuls�rios”.
Em seguida, mapeou a hist�ria: “O Brasil � um dos poucos do mundo que antes de ter sido pa�s, geografia, foi na��o, sentimento”. Segundo ele, tr�s ra�as se fundiram para criar a nossa nacionalidade, encarnada nos personagens Andr� Vidal, Henrique Dias e Filipe Camar�o, quando da expuls�o dos holandeses, no S�culo 17.
Sem subterf�gios, Aureliano Chaves ressaltou que “ningu�m pensa em um estado exacerbado, at� porque fora de sintonia com o sentimento da popula��o brasileira.
As constitui��es republicanas, sem exce��o, consagraram a primazia da iniciativa privada sobre a p�blica”. Por fim, invocou ouro-pretano ilustre, Bernardo Pereira de Vasconcelos: “Fui liberal quando a ordem se confundiu com a tirania; fiz-me conservador quando a liberdade se confundiu com a anarquia. A� est� o senso de equil�brio que a vida mineira imp�e a todos que a vivem e a praticam”.
Sem subterf�gios, Aureliano Chaves ressaltou que “ningu�m pensa em um estado exacerbado, at� porque fora de sintonia com o sentimento da popula��o brasileira.
As constitui��es republicanas, sem exce��o, consagraram a primazia da iniciativa privada sobre a p�blica”. Por fim, invocou ouro-pretano ilustre, Bernardo Pereira de Vasconcelos: “Fui liberal quando a ordem se confundiu com a tirania; fiz-me conservador quando a liberdade se confundiu com a anarquia. A� est� o senso de equil�brio que a vida mineira imp�e a todos que a vivem e a praticam”.
A �ltima ficha caiu
Embora com o advento da internet o mundo das telecomunica��es tenha aberto um leque de op��es com modernas tecnologias, ainda h� quem mantenha uma rela��o afetuosa com o antigo "orelh�o", hoje praticamente extinto no pa�s.
A artista sonora Sara Lana, mineira, moradora de Azillanet, no sul da Fran�a, � autora de pesquisa intrigante sobre estes aparelhos fixos encasulados junto �s popula��es ribeirinhas do Rio S�o Francisco.
Ela levantou os n�meros desses telefones na Anatel, cerca de 400, depois de �rduo trabalho de visualiza��o panor�mica por meio de sat�lite. A princ�pio, a sua expectativa era de captar os sons ao redor dos aparelhos nos povoados onde alguns exemplares sobrevivem. Para tanto, bastava que o interlocutor deixasse o fone aberto por segundos.
Uma rede de solidariedade formou-se entre desconhecidos, contudo. V�rios deles comentaram sobre a rela��o que a comunidade mant�m entre si e com o rio. Vale a pena uma visita ao trabalho da artista sonora Sara Lana no Youtube. Sua pesquisa se estende �s c�maras urbanas de vigil�ncia; � comunica��o entre uma matilha de vira-latas; ao jogo de mem�ria sonoro, etc. Uma pedag�gica e proposital provoca��o aos sentidos.
A artista sonora Sara Lana, mineira, moradora de Azillanet, no sul da Fran�a, � autora de pesquisa intrigante sobre estes aparelhos fixos encasulados junto �s popula��es ribeirinhas do Rio S�o Francisco.
Ela levantou os n�meros desses telefones na Anatel, cerca de 400, depois de �rduo trabalho de visualiza��o panor�mica por meio de sat�lite. A princ�pio, a sua expectativa era de captar os sons ao redor dos aparelhos nos povoados onde alguns exemplares sobrevivem. Para tanto, bastava que o interlocutor deixasse o fone aberto por segundos.
Uma rede de solidariedade formou-se entre desconhecidos, contudo. V�rios deles comentaram sobre a rela��o que a comunidade mant�m entre si e com o rio. Vale a pena uma visita ao trabalho da artista sonora Sara Lana no Youtube. Sua pesquisa se estende �s c�maras urbanas de vigil�ncia; � comunica��o entre uma matilha de vira-latas; ao jogo de mem�ria sonoro, etc. Uma pedag�gica e proposital provoca��o aos sentidos.
Redes sociais
A d�vida de Minas � impag�vel. A afirma��o � do ex-presidente da Assembleia Legislativa e atual conselheiro do TCMG, Agostinho Patrus Filho, conhecedor dos tortuosos caminhos do exponencial crescimento do d�ficit financeiro do estado.
“O problema � previdenci�rio. Anteriormente para cada tr�s e meio funcion�rio na ativa havia um aposentado. Hoje � um por um”. O pluripartidarismo, na sua vis�o, com dezenas de legendas, deturpou a boa pol�tica.
“O detentor de mandato � l�der de si mesmo”, explicou. Em favor das novas gera��es, h�beis na manipula��o da internet, as redes sociais. Os idosos correm atr�s dos jovens, ref�ns dos aplicativos e derivados, na insist�ncia por aprendizado e manejo, embora anal�gicos de forma��o.
Hoje se faz pol�tica pelas redes sociais, concluiu, destacando que as propagandas gratuitas em r�dio e televis�o exercem desprez�vel influ�ncia sobre o eleitorado, como visto no pleito passado.
Amante das letras, Patrus se delicia com “O espl�ndido e o vil – uma saga sobre Churchill” e “O cofre do Dr. Rui”, respectivamente dos autores Erik Larson e Tom Cardoso.
O primeiro tem por pano de fundo a Segunda Guerra; o outro o assalto que a guerrilha fez ao tesouro que Ademar de Barros mantinha na casa da amante nos anos de chumbo.
“O problema � previdenci�rio. Anteriormente para cada tr�s e meio funcion�rio na ativa havia um aposentado. Hoje � um por um”. O pluripartidarismo, na sua vis�o, com dezenas de legendas, deturpou a boa pol�tica.
“O detentor de mandato � l�der de si mesmo”, explicou. Em favor das novas gera��es, h�beis na manipula��o da internet, as redes sociais. Os idosos correm atr�s dos jovens, ref�ns dos aplicativos e derivados, na insist�ncia por aprendizado e manejo, embora anal�gicos de forma��o.
Hoje se faz pol�tica pelas redes sociais, concluiu, destacando que as propagandas gratuitas em r�dio e televis�o exercem desprez�vel influ�ncia sobre o eleitorado, como visto no pleito passado.
Amante das letras, Patrus se delicia com “O espl�ndido e o vil – uma saga sobre Churchill” e “O cofre do Dr. Rui”, respectivamente dos autores Erik Larson e Tom Cardoso.
O primeiro tem por pano de fundo a Segunda Guerra; o outro o assalto que a guerrilha fez ao tesouro que Ademar de Barros mantinha na casa da amante nos anos de chumbo.
Ingenuidade
De um motorista de t�xi: "Antes tinha uns poucos ruinzinhos entre os seres humanos. Hoje eles est�o por a� aos montes"